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AMPUTAÇÕES DE MEMBROS INFERIORES: ANÁLISE DA PRESSÃO ARTERIAL, FREQUÊNCIA CARDÍACA E GLICEMIA CAPILAR EM UMA CAMINHADA
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AMPUTAÇÕES DE MEMBROS INFERIORES ANÁLISE DA PRESSÃO ARTERIAL, FREQUÊNCIA CARDÍACA E GLICEMIA CAPILAR EM UMA CAMINHADA
Introdução A marcha humana é um mecanismo essencial para o deslocamento e é caracterizada por sua eficiência e segurança, além de demandar um baixo gasto energético. No entanto, indivíduos que passaram por amputações enfrentam desafios singulares nesse processo1,2. Frequentemente, amputados apresentam assimetria no movimento que causa o aumento do custo energético. Essas complicações não apenas afetam a mobilidade, mas também podem interferir nas atividades cotidianas. As amputações resultam em alterações funcionais, musculoesqueléticas e cardiovasculares, sendo que quanto mais proximal a amputação, mais significativas são essas mudanças2,3. Objetivo: Compreender as alterações cardiovasculares associadas a amputações de membros inferiores analisando o comportamento da Pressão Arterial e Frequência Cardíaca, antes e depois de uma caminhada. Métodos: Através de uma amostra de conveniência, 28 voluntários com amputação de membro inferior, participaram da V Caminhada da Clínica Escola, realizada em 24/10/2023, no Campus Magnus do UNIPAC Barbacena/MG. A idade média foi de 58,75±11,09 anos, sendo 6 mulheres (21,4%) e 22 homens (78,6%). Foram verificados os valores de Pressão Arterial (PA), Frequência Cardíaca (FC) e a Glicemia Capilar. Os valores da PA e FC foram mensurados respectivamente através do uso de um oxímetro de pulso, estetoscópio e esfingmomanômetro ao início e final. A normalidade dos dados foi testada pelo teste de Shapiro-Wilk e a significância estatística foi fixada em α=0,05. Os dados foram analisados no pacote estatístico do Software SPSS 24.0 for Windows® (IBM Corporation, New York, EUA) e os gráficos construídos no programa Excel®. Resultados: O Teste T para amostras independentes revelou diferenças significativas na glicemia capilar entre mulheres e homens (115,33±17,18 vs. 127,73±46,50 mg/dL, P<0,05). O Teste T Pareado identificou diferenças significativas (p=0,01) entre os momentos pré e pós para a Pressão Arterial Sistólica (127,50±10,40 vs. 137,14±14,10 mmHg, P<0,05) e Frequência Cardíaca (79,96±15,53 vs. 95,75±23,56 bpm, P0,05). Conclusão: A mulheres apresentaram valores glicêmicos inferiores aos dos homens. A caminhada realizada por pacientes amputados resultou em um aumento significativo na pressão arterial sistólica e na frequência cardíaca. Apesar de esses valores representarem respostas fisiológicas esperadas, a supervisão profissional é crucial para adaptar a intensidade do exercício às condições individuais de cada paciente, promovendo uma reabilitação segura e eficaz.
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AMPUTAÇÕES DE MEMBROS INFERIORES: ANÁLISE DA PRESSÃO ARTERIAL, FREQUÊNCIA CARDÍACA E GLICEMIA CAPILAR EM UMA CAMINHADA
Descrição
Introdução A marcha humana é um mecanismo essencial para o deslocamento e é caracterizada por sua eficiência e segurança, além de demandar um baixo gasto energético. No entanto, indivíduos que passaram por amputações enfrentam desafios singulares nesse processo1,2. Frequentemente, amputados apresentam assimetria no movimento que causa o aumento do custo energético. Essas complicações não apenas afetam a mobilidade, mas também podem interferir nas atividades cotidianas. As amputações resultam em alterações funcionais, musculoesqueléticas e cardiovasculares, sendo que quanto mais proximal a amputação, mais significativas são essas mudanças2,3. Objetivo: Compreender as alterações cardiovasculares associadas a amputações de membros inferiores analisando o comportamento da Pressão Arterial e Frequência Cardíaca, antes e depois de uma caminhada. Métodos: Através de uma amostra de conveniência, 28 voluntários com amputação de membro inferior, participaram da V Caminhada da Clínica Escola, realizada em 24/10/2023, no Campus Magnus do UNIPAC Barbacena/MG. A idade média foi de 58,75±11,09 anos, sendo 6 mulheres (21,4%) e 22 homens (78,6%). Foram verificados os valores de Pressão Arterial (PA), Frequência Cardíaca (FC) e a Glicemia Capilar. Os valores da PA e FC foram mensurados respectivamente através do uso de um oxímetro de pulso, estetoscópio e esfingmomanômetro ao início e final. A normalidade dos dados foi testada pelo teste de Shapiro-Wilk e a significância estatística foi fixada em α=0,05. Os dados foram analisados no pacote estatístico do Software SPSS 24.0 for Windows® (IBM Corporation, New York, EUA) e os gráficos construídos no programa Excel®. Resultados: O Teste T para amostras independentes revelou diferenças significativas na glicemia capilar entre mulheres e homens (115,33±17,18 vs. 127,73±46,50 mg/dL, P<0,05). O Teste T Pareado identificou diferenças significativas (p=0,01) entre os momentos pré e pós para a Pressão Arterial Sistólica (127,50±10,40 vs. 137,14±14,10 mmHg, P<0,05) e Frequência Cardíaca (79,96±15,53 vs. 95,75±23,56 bpm, P0,05). Conclusão: A mulheres apresentaram valores glicêmicos inferiores aos dos homens. A caminhada realizada por pacientes amputados resultou em um aumento significativo na pressão arterial sistólica e na frequência cardíaca. Apesar de esses valores representarem respostas fisiológicas esperadas, a supervisão profissional é crucial para adaptar a intensidade do exercício às condições individuais de cada paciente, promovendo uma reabilitação segura e eficaz.
Data
10 de outubro de 2024
Autor
Bruna C. Lima | Julia S. R. Silva
Curso
Fisioterapia
Cidade
Barbacena