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ANÁLISE DOS ATENDIMENTOS A PACIENTES AMPUTADOS NA CLÍNICA ESCOLA VERA TAMM DE ANDRADA: UM ESTUDO DEMOGRÁFICO E CLÍNICO
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Perfil dos pacientes amputados
Introdução: Apesar da alta prevalência de amputações de membros inferiores, apenas uma pequena porcentagem recebe fisioterapia e é reabilitada até alcançar seu potencial máximo de função1. Indivíduos que passam por amputação enfrentam várias dificulda-des nas atividades da vida diária e na mobilidade, impactando não apenas seu estado psicoemocional, mas também todo o sistema locomotor2. Portanto, é essencial desen-volver programas de reabilitação que abordem deficiências e limitações específicas des-ses pacientes. Atualmente, apenas 40% submetidos a amputações de membros inferi-ores usam próteses, indicando a necessidade de melhorias significativas nos cuidados pós-amputação3. Objetivos: Analisar a população de amputados atendidos na Clínica Escola Vera Tamm de Andrada com foco nos aspectos demográficos e clínicos. Méto-dos: Estudo descritivo transversal, baseado na análise de dados demográficos e clíni-cos de pacientes amputados atendidos na Clínica Escola Vera Tamm de Andrada. Os dados foram coletados e verificados por meio dos prontuários de atendimento. Foi utili-zada estatística descritiva para caracterizar a população estudada em termos de variá-veis demográficas e clínicas. Frequências absolutas e percentuais foram calculadas para variáveis categóricas, enquanto médias e desvios padrão foram utilizados para variáveis contínuas. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, conforme parecer n. 6.826.692, com data de relatoria em 15/05/2024. Resultados: A amostra incluiu 45 pacientes (média de idade: 60,13 ± 14,24 anos), com 7 mulheres (15,6%) e 38 homens (84,4%) com diferentes tipos de amputação. As amputações predominantes foram transfemorais (57,8%), seguidas por transtibiais (37,8%) e nos pés (4,4%). Quanto ao lado da amputação, a maioria estava no lado esquerdo (51,1%), seguido pelo lado direito (37,8%), bilateral (6,7%) e de membro superior e inferior (4,4%). As princi-pais causas foram afecções vasculares (75,6%), trauma (22,2%) e neoplasia (2,2%). Comorbidades comuns incluíram hipertensão (71,1%), diabetes (53,3%) e dislipidemia (35,6%). Quanto à mobilidade, a maioria dependia de muletas (60%), seguido por ca-deiras de rodas (28,9%), andador (6,7%) e não necessitava de auxílio (4,4%). Em rela-ção às próteses, 24,4% estavam protetizados, 37,8% aguardavam aprovação do SUS e 37,8% necessitavam de mais ganhos na fisioterapia para encaminhamento. Conclu-são: Os resultados destacam a necessidade de intervenções específicas para cada tipo de amputação, considerando a alta prevalência de amputações transfemorais e causas vasculares. Além disso, a presença significativa de comorbidades como hipertensão e diabetes ressalta a importância de uma abordagem multidisciplinar no tratamento. Em resumo, é fundamental adotar abordagens integradas e multidisciplinares para promo-ver uma melhor qualidade de vida para essa população.
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Título
ANÁLISE DOS ATENDIMENTOS A PACIENTES AMPUTADOS NA CLÍNICA ESCOLA VERA TAMM DE ANDRADA: UM ESTUDO DEMOGRÁFICO E CLÍNICO
Descrição
Introdução: Apesar da alta prevalência de amputações de membros inferiores, apenas uma pequena porcentagem recebe fisioterapia e é reabilitada até alcançar seu potencial máximo de função1. Indivíduos que passam por amputação enfrentam várias dificulda-des nas atividades da vida diária e na mobilidade, impactando não apenas seu estado psicoemocional, mas também todo o sistema locomotor2. Portanto, é essencial desen-volver programas de reabilitação que abordem deficiências e limitações específicas des-ses pacientes. Atualmente, apenas 40% submetidos a amputações de membros inferi-ores usam próteses, indicando a necessidade de melhorias significativas nos cuidados pós-amputação3. Objetivos: Analisar a população de amputados atendidos na Clínica Escola Vera Tamm de Andrada com foco nos aspectos demográficos e clínicos. Méto-dos: Estudo descritivo transversal, baseado na análise de dados demográficos e clíni-cos de pacientes amputados atendidos na Clínica Escola Vera Tamm de Andrada. Os dados foram coletados e verificados por meio dos prontuários de atendimento. Foi utili-zada estatística descritiva para caracterizar a população estudada em termos de variá-veis demográficas e clínicas. Frequências absolutas e percentuais foram calculadas para variáveis categóricas, enquanto médias e desvios padrão foram utilizados para variáveis contínuas. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, conforme parecer n. 6.826.692, com data de relatoria em 15/05/2024. Resultados: A amostra incluiu 45 pacientes (média de idade: 60,13 ± 14,24 anos), com 7 mulheres (15,6%) e 38 homens (84,4%) com diferentes tipos de amputação. As amputações predominantes foram transfemorais (57,8%), seguidas por transtibiais (37,8%) e nos pés (4,4%). Quanto ao lado da amputação, a maioria estava no lado esquerdo (51,1%), seguido pelo lado direito (37,8%), bilateral (6,7%) e de membro superior e inferior (4,4%). As princi-pais causas foram afecções vasculares (75,6%), trauma (22,2%) e neoplasia (2,2%). Comorbidades comuns incluíram hipertensão (71,1%), diabetes (53,3%) e dislipidemia (35,6%). Quanto à mobilidade, a maioria dependia de muletas (60%), seguido por ca-deiras de rodas (28,9%), andador (6,7%) e não necessitava de auxílio (4,4%). Em rela-ção às próteses, 24,4% estavam protetizados, 37,8% aguardavam aprovação do SUS e 37,8% necessitavam de mais ganhos na fisioterapia para encaminhamento. Conclu-são: Os resultados destacam a necessidade de intervenções específicas para cada tipo de amputação, considerando a alta prevalência de amputações transfemorais e causas vasculares. Além disso, a presença significativa de comorbidades como hipertensão e diabetes ressalta a importância de uma abordagem multidisciplinar no tratamento. Em resumo, é fundamental adotar abordagens integradas e multidisciplinares para promo-ver uma melhor qualidade de vida para essa população.
Data
10 de outubro de 2024
Autor
Nathália S. Moreira | Fernando H. Coelho
Curso
Fisioterapia
Cidade
Barbacena