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ANSIEDADE COMO FENÔMENO PSICOPATOLÓGICO DOS MODOS-DE-SER: UMA COMPREENSÃO FENOMENOLÓGICA HERMENÊUTICA
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ANSIEDADE COMO FENÔMENO PSICOPATOLÓGICO O Grupo de Estudos em Clínica Fenomenológico-Existencial – NúcleoSer – busca com seu estudo ir além das definições do Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais (DSM), compreendendo a ansiedade a partir da subjetividade do indivíduo em coexistência. Utilizando o método fenomenológico-hermenêutico, o estudo visa explorar como valores culturais, produtividade, hedonismo e imediatismo, influenciam o indivíduo e podem levar ao adoecimento psicopatológico. Em suma, o trabalho busca compreender a ansiedade como uma característica do modo-de-ser contemporâneo, promovendo uma análise profunda das experiências subjetivas na busca por uma vida autêntica do ser-no-mundo. De acordo com o Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais (DSM) “os transtornos de ansiedade incluem transtornos que compartilham características de medo e ansiedade excessivos perturbações comportamentais relacionados” (DSM V, 2023, p. 189). Medo é uma resposta emocional frente à ameaça iminente real ou percebida, enquanto ansiedade é a antecipação de ameaça futura. Apesar do manual considerar aspectos culturais como diferenciais no diagnóstico, tal definição é por demais simplificada. As manifestações patológicas devem ser compreendidas na relação do ser humano com o outro e com o contexto social e histórico. Enquanto seres de coexistência somos atravessados pelos modos-de-ser da cultura da qual fazemos parte, tanto positivamente quanto negativamente. Em meio aos valores culturais pautados pelo desempenho e hedonismo devemos compreender as patologias da contemporaneidade, como a ansiedade, de maneira a não só esgotar as informações dos manuais diagnósticos, mas também superá-las, buscando avaliar como as principais características de tal sociedade possibilitam os processos do adoecimento humano. Assim, a Ansiedade não se constitui como uma “doença”, mas como característica de um modo-de-ser contemporâneo. Compreender as manifestações da ansiedade, portanto, vai além do paradigma biomédico, adentrando na relação existencial do ser humano com o contexto social, histórico e linguístico. A ansiedade emerge como um alerta diante da esquiva dos desafios ontológicos, como a liberdade e a finitude, transcendendo a mera categorização como patologia. Reconhecer essa interligação entre ansiedade e nosso modo de ser no mundo e com os outros indica a necessidade de abordagens inovadoras em políticas educacionais e de saúde mental.
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ANSIEDADE COMO FENÔMENO PSICOPATOLÓGICO DOS MODOS-DE-SER: UMA COMPREENSÃO FENOMENOLÓGICA HERMENÊUTICA
Descrição
O Grupo de Estudos em Clínica Fenomenológico-Existencial – NúcleoSer – busca com seu estudo ir além das definições do Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais (DSM), compreendendo a ansiedade a partir da subjetividade do indivíduo em coexistência. Utilizando o método fenomenológico-hermenêutico, o estudo visa explorar como valores culturais, produtividade, hedonismo e imediatismo, influenciam o indivíduo e podem levar ao adoecimento psicopatológico. Em suma, o trabalho busca compreender a ansiedade como uma característica do modo-de-ser contemporâneo, promovendo uma análise profunda das experiências subjetivas na busca por uma vida autêntica do ser-no-mundo.
De acordo com o Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais (DSM) “os transtornos de ansiedade incluem transtornos que compartilham características de medo e ansiedade excessivos perturbações comportamentais relacionados” (DSM V, 2023, p. 189). Medo é uma resposta emocional frente à ameaça iminente real ou percebida, enquanto ansiedade é a antecipação de ameaça futura. Apesar do manual considerar aspectos culturais como diferenciais no diagnóstico, tal definição é por demais simplificada. As manifestações patológicas devem ser compreendidas na relação do ser humano com o outro e com o contexto social e histórico. Enquanto seres de coexistência somos atravessados pelos modos-de-ser da cultura da qual fazemos parte, tanto positivamente quanto negativamente. Em meio aos valores culturais pautados pelo desempenho e hedonismo devemos compreender as patologias da contemporaneidade, como a ansiedade, de maneira a não só esgotar as informações dos manuais diagnósticos, mas também superá-las, buscando avaliar como as principais características de tal sociedade possibilitam os processos do adoecimento humano. Assim, a Ansiedade não se constitui como uma “doença”, mas como característica de um modo-de-ser contemporâneo.
Compreender as manifestações da ansiedade, portanto, vai além do paradigma biomédico, adentrando na relação existencial do ser humano com o contexto social, histórico e linguístico. A ansiedade emerge como um alerta diante da esquiva dos desafios ontológicos, como a liberdade e a finitude, transcendendo a mera categorização como patologia. Reconhecer essa interligação entre ansiedade e nosso modo de ser no mundo e com os outros indica a necessidade de abordagens inovadoras em políticas educacionais e de saúde mental.
Data
12 de junho de 2024
Autor
Camila Monteiro Dias | Ingridy Madalena de Souza | João Lucas Geraldo Nunes Reis | Larissa da Rocha Rosa | Raphael Otávio Apolinário Cantaruti
Curso
Psicologia
Cidade
Barbacena