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AVALIAÇÃO DO DESCARTE DE ANTIBIÓTICOS NÃO UTILIZADOS APÓS TRATAMENTO DOMICILIAR
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AVALIAÇÃO DO DESCARTE DE ANTIBIÓTICOS NÃO UTILIZADOS APÓS TRATAMENTO DOMICILIAR
Introdução: O descarte inadequado dos antimicrobianos é ainda um problema que persiste atualmente e sendo assim, se tornou uma problemática para a saúde pública e para o meio ambiente gerando grandes impactos ambientais. Ocorre por diversos motivos como: falta de informações e conscientização sobre os riscos que isso pode ocasionar, aquisição inadequada e facilitada de medicamentos que acabam em estoque nas casas brasileiras, a chamada “farmácia caseira”1. Objetivo: Avaliar como ocorre o descarte de antibióticos não utilizados após tratamento domiciliar e o conhecimento dos riscos gerados para a saúde pública e para o meio ambiente decorrentes do descarte inadequado. Metodologia: Estudo de natureza descritiva e abordagem quantitativa, com amostra composta por jovens e adultos, moradores das microrregiões de Barbacena e São João del Rei, em Minas Gerais. A busca pelos participantes do estudo foi feita de forma aleatória através das redes sociais como Facebook® e Instagram ®, como também através do aplicativo para celulares WhatsApp ®, sendo a coleta de dados realizada através do preenchimento de um formulário online utilizando a ferramenta Google Forms ®, durante o mês de setembro de 2022. Resultados: Os resultados mostram que dos 172 participantes, 55,28% fizeram o uso de antibióticos nos últimos três meses. Entre eles, 86,96% concluíram o tratamento e a forma farmacêutica mais usada foi a de comprimidos o que correspondeu a 73,29% das respostas. Após o tratamento domiciliar é possível perceber que 65,22% do total de entrevistados opta por guardar as sobras de medicamentos em casa, 6,83% jogaram fora no lixo de casa, 4,35% descartaram na pia ou no vaso sanitário, 4,97% doaram para alguém, 4,35% devolveram as sobras para um ponto de coleta de medicamentos e, por fim, 14,29% não souberam responder. Do total, 49,07% assumiram ter feito administração de antibióticos sem a prescrição médica, dentre os quais 40,51% disseram que usaram sobras de um tratamento anterior. Em relação as perguntas sobre meio ambiente, 94,41% responderam que se preocupam com a contaminação do meio ambiente com as sobras de antibióticos e 67,70% sabem que o descarte inadequado de antibióticos pode poluir o meio ambiente. Conclusão: Para minimizar os impactos causados pelo descarte incorreto de antibióticos que sobraram após o tratamento é necessário políticas públicas com fiscalização rigorosa, envolvimento e conscientização da população em relação aos prejuízos que ocorrerá ao meio ambiente e a saúde pública, além da participação dos farmacêuticos nas orientações sobre o uso e descarte de forma racional dos medicamentos.
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AVALIAÇÃO DO DESCARTE DE ANTIBIÓTICOS NÃO UTILIZADOS APÓS TRATAMENTO DOMICILIAR
Descrição
Introdução: O descarte inadequado dos antimicrobianos é ainda um problema que persiste atualmente e sendo assim, se tornou uma problemática para a saúde pública e para o meio ambiente gerando grandes impactos ambientais. Ocorre por diversos motivos como: falta de informações e conscientização sobre os riscos que isso pode ocasionar, aquisição inadequada e facilitada de medicamentos que acabam em estoque nas casas brasileiras, a chamada “farmácia caseira”1. Objetivo: Avaliar como ocorre o descarte de antibióticos não utilizados após tratamento domiciliar e o conhecimento dos riscos gerados para a saúde pública e para o meio ambiente decorrentes do descarte inadequado. Metodologia: Estudo de natureza descritiva e abordagem quantitativa, com amostra composta por jovens e adultos, moradores das microrregiões de Barbacena e São João del Rei, em Minas Gerais. A busca pelos participantes do estudo foi feita de forma aleatória através das redes sociais como Facebook® e Instagram ®, como também através do aplicativo para celulares WhatsApp ®, sendo a coleta de dados realizada através do preenchimento de um formulário online utilizando a ferramenta Google Forms ®, durante o mês de setembro de 2022. Resultados: Os resultados mostram que dos 172 participantes, 55,28% fizeram o uso de antibióticos nos últimos três meses. Entre eles, 86,96% concluíram o tratamento e a forma farmacêutica mais usada foi a de comprimidos o que correspondeu a 73,29% das respostas. Após o tratamento domiciliar é possível perceber que 65,22% do total de entrevistados opta por guardar as sobras de medicamentos em casa, 6,83% jogaram fora no lixo de casa, 4,35% descartaram na pia ou no vaso sanitário, 4,97% doaram para alguém, 4,35% devolveram as sobras para um ponto de coleta de medicamentos e, por fim, 14,29% não souberam responder. Do total, 49,07% assumiram ter feito administração de antibióticos sem a prescrição médica, dentre os quais 40,51% disseram que usaram sobras de um tratamento anterior. Em relação as perguntas sobre meio ambiente, 94,41% responderam que se preocupam com a contaminação do meio ambiente com as sobras de antibióticos e 67,70% sabem que o descarte inadequado de antibióticos pode poluir o meio ambiente. Conclusão: Para minimizar os impactos causados pelo descarte incorreto de antibióticos que sobraram após o tratamento é necessário políticas públicas com fiscalização rigorosa, envolvimento e conscientização da população em relação aos prejuízos que ocorrerá ao meio ambiente e a saúde pública, além da participação dos farmacêuticos nas orientações sobre o uso e descarte de forma racional dos medicamentos.
Data
6 de julho de 2023
Autor
Lucas Rafael C. dos Santos | Jacqueline V. da Cruz | Tainá T. Guimarães
Curso
Farmácia
Cidade
Barbacena