A automedicação e suas consequências durante a pan-demia do novo coronavírus em Juiz de Fora – MG

Resumo

Introdução: A automedicação, definida como a seleção e uso de medicamentos pa-ra tratar sintomas e doenças autoreferidas, é um hábito comum entre os brasileiros. Com o advento da pandemia do novo Coronavírus que iniciou em dezembro de 2019, houve uma maior preocupação em relação a essa prática. Objetivo: Verificar a frequência de automedicação e o perfil dos indivíduos que a praticaram durante o período de pandemia do novo coronavírus. Métodos: Tratou-se de um estudo trans- versal, descritivo e analítico com dados coletados através de questionário autoapli-cável via Google Forms contendo 26 questões. Resultados: A amostra foi composta por 338 indivíduos, sendo a automedicação admitida por 236 (69,82%) entrevista-dos. Verificou-se a predominância do uso de medicamentos sem receita por mulhe-res (69,49%), pessoas com idade entre 18 e 34 anos (76,39%) e com nível superior incompleto (41,53%). Destacou-se a elevada frequência de profissionais da área da saúde que realizaram a automedicação (45,34%). Foi verificada a utilização de me-dicamentos em casos de confirmação e suspeita de COVID e na tentativa de pre-venção da doença. Observou-se uma prevalência da venda dos medicamentos: Ivermectina, Azitromicina, Vitamina C, Vitamina D, Dipirona e Paracetamol. Conclu-são: Houve progressão acelerada da automedicação a partir do início do período pandêmico. O perfil de indivíduos que fazem automedicação foi caracterizado por predominância no sexo feminino, grupo de pessoas entre 18 e 34 anos, profissionais da área da saúde e pessoas com ensino superior incompleto.