A importância da fisioterapia hospitalar: mobilização precoce em pacientes críticos

Resumo

Durante muito tempo o repouso absoluto no leito foi considerado imprescindível no tratamento de pacientes internados. Hoje, é sabido que este fator atua como predisponente para polineuropatia e/ou miopatia do doente crítico, aumentando de duas a cinco vezes no tempo de permanência da VM e no desmame ventilatório. A assistência fisioterapêutica no cuidado do paciente crítico pode auxiliar na identificação precoce de problemas cinético-funcionais, sendo o programa de reabilitação recomendado como prática crucial e segura para a recuperação desses pacientes inclui atividades terapêuticas progressivas, conta com exercícios motores na cama, sedestração à beira do leito, ortostatismo, transferência para a cadeira e deambulação. Objetivo: Com o objetivo de comentar sobre a importância da mobilização precoce em pacientes críticos. Métodos: Trata-se de uma análise integrativa, de artigos publicados entre outubro/2009 e agosto/2019, consultados por meio de bases de dados eletrônicos em português e inglês, utilizando os descritores: modalidades de fisioterapia; adulto; cuidados intensivos; respiração artificial; deambulação precoce; mobilização precoce; mobilização UTI. Revisão de literatura: O objetivo final da mobilização precoce em pacientes em VM é minimizar a perda de mobilidade, maximizar a independência funcional e facilitar o desmame. A opção terapêutica potencial para reduzir a fraqueza adquirida na UTI é evitar o repouso na cama via mobilização precoce. A fisioterapia é composta por vários eventos de atividades, que vão desde a amplitude passiva de movimento até a caminhada com ou sem assistência. Os benefícios da mobilização precoce em pacientes adultos submetidos à ventilação mecânica (VM) na unidade de terapia intensiva (UTI), também oferecem informações para dar subsídios à construção de novos programas fisioterapêuticos, que visam ao bem-estar do paciente, em nível hospitalar, proporcionando seu retorno às atividades. Considerações finais: A elaboração de um protocolo de mobilização precoce faz-se necessário como parte das rotinas clínicas diárias na UTI, assim, a atividade física precoce tem sido revelada como uma intervenção segura e viável em pacientes com estabilidade neurológica e cardiorrespiratória.