A influência da pandemia de COVID-19 na relação de tutores e seus animais de estimação

Resumo

Introdução: Em 2019, foi identificada uma doença diferente das que já são conhecidas pela sociedade. Esta patologia recebeu o nome de novo coronavírus (COVID-19) e criou muitas incertezas, alterando a vida de pessoas e animais. Vários humanos e animais tiveram suas rotinas e hábitos alterados. As autoridades de saúde de todo o mundo tomaram medidas para conter e disseminar a doença, incluindo uma declaração de quarentena e distanciamento social em março de 2020. Com a quarentena foi perceptível o surgimento de comportamentos de dependência, além dos passeios e rotinas alterados, que podem ocasionar diversos distúrbios. Objetivo: Identificar as alterações comportamentais em animais de estimação com relação aos seus tutores durante e após o isolamento social no período da pandemia de Covid-19. Métodos: Foi realizada uma revisão bibliográfica por meio de análise crítica de artigos, teses e dissertações, publicadas através das bases de dados LILACS, MEDLINE e PubMed, entre os anos de 2012 a 2022. Revisão de literatura: A relação entre animais de estimação e humanos é muito antiga, isso porque as interações humanas e caninas existem desde o início de 100 mil aC. Os animais de estimação estão sujeitos a todas as influências do homem, quando um cão é introduzido em um ambiente doméstico, ele se considera parte de uma matilha. As características comportamentais de cada espécie ajudam os animais a atender às necessidades biológicas. Os felinos usam métodos de visão e som para evitar confrontos visuais. Os cães são considerados predadores que andam em extensos grupos familiares com organização social complexa. Os gatos, por outro lado, são predadores comportamentais solitários que são defensivos. Os comportamentos compulsivos dos animais podem ser identificados por meio de uma coceira intermitente ou comportamentos repetitivos, como caçar “animais invisíveis” ou morder a calda. Considerações finais: A mudança mais relatada na maioria dos estudos foi a carência afetiva, provavelmente pela mudança com relação a rotina do seu tutor. No entanto, é indispensável que existam planos para a mudança de rotina que acontecerá novamente, quando o tutor voltar ao trabalho presencial, fazendo com que seja uma separação gradual.