Resumo
Introdução: A mídia tem sido muito utilizada na atualidade. Através dela as crianças têm acesso a todo tipo de propaganda que pode influenciá-las, a respeito dos alimentos industrializados não é diferente. A obesidade infantil vem crescendo de forma alarmante. Crianças expostas a desenhos com publicidade de alimentos apresentaram maior ingestão calórica. Objetivo: relatar como os alimentos industrializados têm impactado na transição nutricional e no perfil demográfico das crianças com obesidade. Métodos: Esta pesquisa referiu-se a um estudo de revisão bibliográfica e análise crítica dos trabalhos pesquisados eletronicamente por meio do banco de dados online/portais de pesquisa: Scielo (Scientific Eletronic Library Online), Lilacs (Literatura Latino-Americana e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde), Bireme (Biblioteca Virtual em Saúde) e Google Acadêmico, livros e dissertações. Foram selecionados trabalhos de literatura médica brasileira, publicados no período de 2003 a 2019. Revisão de Literatura: A divulgação dos alimentos muitos calóricos e pouco nutritivos tem contribuído para aumento da obesidade. Conforme observado em pesquisa, o uso de animações e personagens infantis foi utilizado em grande parte dos comerciais (40,8%) destinados ao público infantil, como estratégia de marketing, sendo que destes, a maioria promovia consumo de alimentos. A obesidade é considerada um dos principais problemas contemporâneos de saúde pública no contexto mundial, acometendo todas as faixas etárias da população. Especial atenção tem sido prestada à ocorrência da obesidade em crianças e adolescentes, uma vez que esta pode representar fator preditivo para obesidade em adultos ou ainda para doenças como dislipidemias, hipertensão e diabetes mellitus, anteriormente evidenciadas apenas em adultos. De acordo com o Ministério da Saúde, três a cada 10 crianças de 5 a 9 anos atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) estão acima do peso, um total de 4,4 milhões. Do total de crianças, 2,4 milhões (16%) estão com sobrepeso, 1,2 milhão (8%) com obesidade e 755 mil (5%) com obesidade grave. Considerações finais: Com o grande incentivo ao consumo de alimentos processados e industrializados causado pelas mídias digitais, o risco de obesidade infantil aumenta. Diante disso o nutricionista tem papel fundamental desenvolvendo atividades de educação nutricional, amparado por programas do governo para ofertar alimentação de qualidade.