A Reforma Psiquiátrica é um movimento em curso no Brasil, iniciado em meados da década de 1970, que objetiva a implantação de serviços substitutivos ao manicômio e a reinserção social dos sujeitos em sofrimento mental por meio da desinstitucionalização e do resgate da cidadania. Este estudo propôs uma análise histórica deste processo na cidade de Barbacena, enfatizando o período entre os anos de 2001 e 2004. Buscou-se evidenciar a assistência prestada aos sujeitos em sofrimento mental durante o século XX no Hospital Colônia de Barbacena, o movimento criado a partir dos trabalhadores e a sua repercussão nas políticas públicas de Saúde Mental, que culminou com a Lei 10.216, aprovada em 2001. Enfatizou-se, a partir de uma visão crítica, os avanços conquistados pelo movimento e os desafios atuais a serem superados. O método de pesquisa adotado foi um estudo de caso realizado por meio de revisão bibliográfica e pesquisa de campo. A cidade de Barbacena, com fortes tradições manicomiais, hoje é uma das cidades brasileiras que se adequaram com grande eficiência aos ideais da Reforma Psiquiátrica. As ações em Saúde Mental no município priorizam o tratamento de base comunitária e a desinstitucionalização por meio de uma rede de serviços. Entre eles, destacam-se vinte e oito Residências Terapêuticas, um Centro de Atenção Psicossocial III, um Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas e um Centro de Convivência.