No presente artigo buscou-se analisar a seletividade do sistema penal no Brasil através de uma abordagem quali-quantitativa. A pesquisa foi executada em momentos complementares: inicialmente foi realizada uma pesquisa bibliográfica, buscando compreender o sistema carcerário brasileiro no ordenamento jurídico, abordando a teoria do etiquetamento e a criminalização primária e secundária. Em seguida, realizou-se uma análise estatística dos dados obtidos em pesquisa junto aos bancos de dados do CNMP, INFOPEN e DEPEN, a fim de traçar o perfil das pessoas encarceradas, com base na cor/etnia, idade, escolaridade e os crimes cometidos. Esses dados foram projetados em gráficos, visando uma análise do objeto de estudo. Como resultado, observou-se que, o sistema prisional brasileiro é seletivo, composto em sua maioria por jovens, pardos/negros e com baixa escolaridade, tendo como delitos mais comuns os relacionados a drogas e os crimes contra o patrimônio.