Resumo
A filiação socioafetiva e seu reconhecimento como forma de parentesco tem demonstrado grande importância visto que o afeto é o elemento mais importante na identificação de novas formas de constituição de família. O presente trabalho visa analisar quais são os possíveis problemas sucessórios que essa espécie de filiação encontra quando não é levada a registro. O trabalho foi realizado a partir de pesquisa bibliográfica, utilizando-se de renomados doutrinadores da área do direito de família, bem como uma pesquisa jurisprudencial com analises de alguns casos concretos decorrentes de decisões proferidas por tribunais de justiça. Foram demonstradas as possibilidades as consequências do reconhecimento da filiação socioafetiva após a morte do pai ou mãe socioafetivos, bem como as fragilidades do processo de reconhecimento, concluindo-se que a doutrina e a jurisprudência têm se inclinado no sentido de admitir a socioafetividade como forma de filiação.