Resumo
Introdução: O trauma cranioencefálico é uma condição comum na rotina clínica da veterinária de pequenos animais. Está relacionado, na maior parte dos casos, com atropelamentos e agressões causadas por humanos. O trauma faz com que sejam desencadeadas as lesões primárias, que podem estar relacionadas com alterações como contusões, fraturas e lacerações. A partir das lesões primárias surgem as secundárias, que são desencadeadas por uma série de alterações bioquímicas, que vão ocasionar num quadro de hipoxia e isquemia cerebral, o que será responsável pelo aumento da pressão intracraniana. Conforme a pressão aumenta, as lesões cerebrais vão sendo agravadas, e isso irá refletir em alterações no organismo como um todo. Sendo assim, a abordagem precisa ser abrangente e imediata, de forma a evitar que as lesões secundárias evoluam. Objetivo: abordar as principais medidas clínicas e terapêuticas envolvendo o paciente de trauma cranioencefálico. Métodos: O presente trabalho foi escrito utilizando de informações retiradas em banco de dados como Google Acadêmico, Scielo, Pubmed e livros. Revisão de literatura: O trauma cranioencefálico requer tratamento imediato e que seja capaz de abranger alterações generalizadas, não focando apenas nas alterações neurológicas, e sim nas condições que ofereçam risco de óbito ao animal. Sendo assim, o paciente traumatizado precisa ter sua hipovolemia e hipoxia revertidos pela fluidoterapia e oxigenioterapia. O método mais utilizado é o “ABCD” do trauma, que foca na desobstrução das vias aéreas, na oxigenação, na circulação sanguínea e no exame neurológico minucioso. O tratamento clínico é muito importante, e devem ser administradas medicações de suporte, como analgésicos, diuréticos, anticonvulsivantes. Assim que estabilizado, o paciente passará pelo exame neurológico, em que a Escala de Coma de Glascow Modificada auxiliará na avaliação. A tomografia computadorizada é o exame de imagem de escolha para avaliação do animal traumatizado. Considerações finais: Portanto, dentre as principais abordagens para o paciente traumatizado foi a correção do quadro de hipovolemia e de hipoxia, assim como reversão de lesões que conferem risco de óbito ao animal.