Resumo
A união de homossexuais ainda é um tema polêmico nos dias atuais, mesmo porque se trata da união de duas pessoas do mesmo sexo, o que gera preconceito e desconforto na sociedade, que são agravados quando este casal resolve adotar uma criança. A homossexualidade entra no estudo da orientação sexual, ou, da afetividade de cunho sexual ou amoroso que uma pessoa tem por outra do mesmo sexo. Já a identidade de gênero está ligada à forma como a pessoa se vê e como quer ser vista em relação a sua identidade social. A adoção de uma criança já é um tema complexo ela própria natureza do tema, justamente pelo fato de os adotantes não serem um núcleo familiar considerado “comum”, como um pai e uma mãe. A concepção da sociedade atual sobre adoção ultrapassa barreiras étnicas e sociais, e, principalmente, de orientação afetiva. Mas, se os avanços em relação aos homossexuais e seus direitos estão tão avançados, qual o motivo porque casais homossexuais enfrentam tantas dificuldades em adotar uma criança, mesmo que comprovadamente se prove que esta, às vistas da lei, seja uma união estável e que ira dar um encaminhamento correto e estável a uma criança para a vida? Este trabalho tem como objetivo levantar uma polêmica bem atual e despertar em toda a sociedade uma maior reflexão de seus preconceitos e de sua capacidade de aceitação do diferente, como base para mudanças na legislação, possibilitando, quem sabe, no futuro, a legitimação das adoções realizadas por pares homossexuais. Quando duas pessoas, ligadas por um vínculo afetivo, duradouro, público, contínuo, como se casadas fossem, formam um núcleo familiar, independente do sexo a que pertençam, tornando assim uma união estável, com geração de efeitos jurídicos.
