Resumo
As relações familiares, assim como toda história humana, mudaram significativamente através dos tempos. Os papéis que cada membro deveria exercer dentro do seio familiar deixou de seguir padrões definidos e as relações dos membros de uma família se tornaram mais complexas, uma vez que atualmente o que importa para que pessoas queiram se unir, seja da forma que melhor lhes convir, casando legalmente ou vivendo em união estável, é o sentimento de amor. Sentimento esse difícil de ser definido tendo em vista a complexidade do próprio ser humano, criatura instável e mutante, cada qual com seu conceito de amor. Levando em consideração tal sentimento como fundamental para a convivência pacífica, é obvio que a maioria das separações se dá em razão da ausência desse sentimento por parte de um ou ambos os consortes. Porém, as separações ainda que de forma amigável, não deixam de ser carregadas de ressentimentos, afinal, são sonhos desfeitos, vidas quebrantadas, esperanças esgotadas, ainda há aqueles que não sabendo lidar com tal situação e acabam por provocar um terremoto na vida dos filhos conhecido como Alienação Parental. O que se pretende com este estudo é apontar algumas formas de tentar resolver esse conflito entre os ex-consortes, buscando-se a mediação familiar, a guarda compartilhada e por fim a aplicação da Lei 12.318 de agosto de 2010, esta que trás em seu bojo uma inovação importantíssima, que é a obrigatoriedade de acompanhamento psicológico aos envolvidos nesse trágico dilema de revolta e vingança que atinge diretamente aquele que deveriam ser sempre poupados, os filhos.