Resumo
Introdução: Os gatos possuem comportamento mais independente que os cães e demonstram a dor de forma diferente, podendo ficar na defensiva ou agressivos. Por esse motivo, os protocolos analgésicos para esses animais diversas vezes se mostram inadequados, pois o Médico Veterinário não consegue identificar a dor de forma eficaz, ou não sabe trata-la corretamente. Objetivo: O presente trabalho teve como objetivo revisar sobre as particularidades analgésicas em gatos domésticos. Métodos: O presente trabalho foi realizado por meio de revisão de literatura, através de bancos eletrônicos como Scielo, Google Acadêmico, PubVet e Bireme. Foram selecionados trabalhos de literatura médico veterinária em línguas inglesa e portuguesa, no período de 2007 a 2022. Revisão de Literatura: A avaliação da dor nos felinos domésticos é baseada na observação do comportamento desses animais com auxílio de escalas como a de Glasgow, escala de dor felina; multidimensional de avaliação da dor felina UNESP-Botucatu e a Escala Facial Felina, que vão sugerir alterações comportamentais como postura e expressões faciais indicativas de dor. De forma específica, os gatos apresentam particularidades metabólicas como atividade reduzida da enzima UDP-glicuronil-transferase (UGT), que é responsável por metabolizar substratos, também possuem metabolismo de fase 1 reduzido, isso se deve ao fato da menor atividade de enzimas hepáticas do citocromo P450 (CYP), fazendo com que determinadas drogas tenham potencial de intoxicação, como o paracetamol, sendo contraindicadas. Para tratamento de dor nos gatos, os fármacos mais utilizados são opioides como oximorfona, hidromorfona, meperidina, metadona e fentanil e anti-inflamatórios não esteroidais como meloxicam e robenacoxib. Considerações Finais: Saber reconhecer a dor do paciente é primordial para uma boa recuperação e bem-estar do animal. A união da conscientização do conhecimento sobre as diferenças de metabolismo e excreção de drogas nos gatos resulta na melhora na qualidade de vida desses animais.