Resumo
A prescrição deve ser elaborada de forma clara, legível, sem abreviaturas e rasuras, contendo informações sobre usuário, medicamento, prescritor e data de emissão. Esse estudo tem como objetivo verificar a conformidade de receitas de antimicrobianos e a dispensação dos mesmos quanto aos critérios legais. Foi realizado um estudo transversal, no qual foram avaliadas prescrições de antimicrobianos retidas em uma drogaria da cidade de Rio Pomba-MG, no período de janeiro a junho de 2016. Os dados foram coletados através de um formulário elaborado de acordo com a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 20 de 2011. Encontrou-se prescrição de 154 medicamentos, sendo 57,79% antimicrobianos, dentre eles a azitromicina (21,34%) foi o mais prescrito. Classificou-se 81,4% das prescrições como legíveis, das quais apenas uma era eletrônica. A ausência de idade (86%) e sexo (97,7%) do paciente foi encontrada na maioria das receitas, enquanto 75,6% apresentavam a Denominação Comum Brasileira (DCB), 73,3% possuíam a dose, 66,3% continham a forma farmacêutica e 88,4% apresentavam a posologia. A data de emissão das prescrições constava em 89,5% das prescrições, sendo 4,7% das receitas dispensadas fora do prazo vigente. Diante dos resultados obtidos, sugere-se que prescrições eletrônicas sejam implantadas pelos prescritores, sendo capazes de diminuir os erros encontrados. E que formas de educação continuada desses prescritores sejam criadas a fim de conscientizá-los sobre a importância de uma prescrição de antimicrobiano bem elaborada, já que ela é de extrema importância na promoção do uso racional de medicamentos e consequentemente na diminuição do desenvolvimento de bactérias resistentes.