Resumo
Em alguns segmentos da indústria nacional, pisos industriais são um dos maiores desafios, gerando perdas financeiras, com constantes intervenções para manutenção, paralizações de processos e transtornos com os órgãos reguladores da atividade. Buscou-se contextualizar as diversas patologias pisos industriais e as alternativas adotadas na recuperação. Na fase de projeto, além da especificação das resistências à compressão, à tração e à abrasão, devem-se considerar o solo e a carga incidente. No caso de cargas estáticas sobre um piso industrial, a análise deve ser feita de forma diferente se comparada às cargas de circulação de veículos no pavimento. O fato de não existir uma norma específica nacional que regulamenta o dimensionamento de piso industrial, contribui para o surgimento das patologias. Destacam-se como referências as normas ACI302-1R - Guide for Concrete Floor and Slab Construction, ACI American Concrete Institute (ACI). Na fase de execução, encontram-se falhas humanas na interpretação dos desenhos técnicos, propriedades do concreto, tais como fck inferior ao projetado, trabalhabilidade e exsudação. Na fase de cura, observam-se o surgimento de trincas e fissuras. Por fim as patologias advindas do uso do piso como esborcinamento das juntas, progressão de trincas e fissuras, delaminação e corrosão das armaduras. Para recuperação empregam-se resinados cimentícios e plásticos, usando técnicas de polimento, preenchimento de superfície e juntas desgastadas, e aplicação de revestimento de superfície, que também, podem apresentar patologias como bolhas e desplacamento. O Revestimento de Alto Desempenho (RAD) é uma excelente solução na recuperação de pisos. A recuperação de um piso industrial inicia-se de uma investigação criteriosa das patologias existente, quais foram às causas destas, em seguida a escolha das técnicas, selecionando os materiais conforme as condições de operação, com isto propiciando uma recuperação eficaz de um piso industrial.