Resumo
A bicicleta está presente em nossas vidas seja quando criança, jovem, adulto ou idoso, independente do sexo, seja para lazer, locomoção, esporte e vários outros fins.Com a necessidade de adaptações acontecem processos evolutivos da bicicleta, e um dos maiores destaques foi a possibilidade do seu uso para avaliação funcional, como também para treinamento especifico da modalidade de ciclismo feito em locais fechados e pequenos em sua maioria, com isso surgiu a bicicleta estacionária e consequentemente o ciclismo indoor, que hoje é praticado principalmente em academias. Os estudos encontrados sobre postura no ciclismo nas bases de dados (Lilacs, Scielo e Pubmed), apenas investigaram as bicicletas de speed, que possuem geometria e propósito diferenciado aos da bicicleta estacionária. Tendo em vista a dificuldade em encontrar estudos que padronizem ou indiquem um direcionamento para a postura adotada sobre bicicleta de Ciclismo Indoor. Mediante lacuna identificada na literatura o presente projeto tem objetivo de avaliar a postura dos praticantes de Ciclismo Indoor na cidade de Barbacena - MG. Para cumprir este objetivo, participaram do estudo 9 praticantes de Ciclismo Indoor. A variável de interesse do estudo foi a amplitude de movimento (ADM) das articulações do punho, cotovelo, ombro, quadril, joelho e tornozelo. Foi utilizada a estatística descritiva em média e desvio padrão para as medidas de ADM obtidas com as gravações dos praticantes de Ciclismo Indoor e o uso do programa image J, para calcular as angulações das articulações proposta pela pesquisa. O Erro Típico da Medida (ETM) foi calculado de forma absoluta (na mesma unidade de medida) e relativa (expressa em porcentagem), assim como a consistência interna (reprodutibilidade intradia) e estabilidade da medida (reprodutibilidade interdia) através do Coeficiente de Correlação Intraclasse (CCI). O protocolo para análise postural apresentou uma alta confiabilidade intra e interdia, exceto para a medida da inclinação do tronco. De acordo com a análise postural, pode-se inferir que o trabalho de equilíbrio da parte superior do corpo no ato de pedala pode ter interferido de forma ascendente ou descente entre as articulações do punho e na inclinação do tronco. A não padronização do posicionamento dos participantes na bicicleta de Ciclismo Indoor, gerou uma maior variação absoluta para a articulação do punho, o que nos leva a propor aos praticantes de Ciclismo Indoor convencionar alinhamento do seguimento do braço com a mão, para que não haja uma hiperextensão ou flexão excessiva do punho, o que sobrecarrega as articulações, ligamentos e tendões.