Resumo
Introdução: A hormonioterapia desempenha um papel fundamental na vida de mulheres transexuais, permitindo a congruência entre sua identidade de gênero e características físicas. No entanto, o uso adequado, o devido acompanhamento de uma equipe de saúde e a assistência farmacêutica desempenham um papel crucial na segurança e eficácia desse tratamento. Objetivo: relatar os eventos adversos relacionados ao uso de hormônios pela população transgênero feminina, ressaltando os riscos do uso sem assistência ou orientação adequada de um profissional de saúde, principalmente o farmacêutico, é o objetivo deste estudo. Métodos: realizada uma análise dos estudos publicados, tanto em inglês quanto em português, disponíveis nas bases de dados das plataformas de pesquisa Pubmed, Scielo, Lilacs, sem restrição de datas. Referencial teórico: Entende-se por “pessoa transgênero” aquela que tem identidade de gênero diversa da imposta pelos padrões binários. O Processo Transexualizador é um procedimento regulamentado pelo Ministério da Saúde com diretrizes nacionais que normatizam a transição, assegurando, desde 2008, no Sistema Único de Saúde (SUS). Apesar da hormonioterapia ser o tratamento de escolha e o mais utilizado, pode causar eventos adversos como o desenvolvimento de trombos, risco cardiovascular, alterações de humor, diminuição da fertilidade, alterações nos níveis de prolactina e densidade óssea. Portanto, é necessário ressaltar que profissionais de saúde, incluindo o farmacêutico, devem estar atentos e capacitados sobre a necessidade e importância da orientação e monitoramento do uso de hormônios em transgêneros femininos no processo transexualizador, visando prestar uma melhor assistência e evitar ou reduzir eventos adversos. Considerações finais: O estudo demonstrou que a assistência farmacêutica desempenha um papel crucial na hormonioterapia de mulheres transexuais, garantindo segurança, eficácia e adesão ao tratamento. A orientação adequada sobre dosagens, administração e monitoramento de efeitos colaterais é essencial. Além disso, é importante criar ambientes de saúde inclusivos para garantir cuidados de qualidade à população transgênero, contribuindo para uma transição de gênero segura e saudável.