Resumo
Introdução: A leishmaniose visceral (LV), é uma doença sistêmica causada por protozoários do complexo Leishmania donovani, transmitida por insetos flebotomíneos. A investigação epidemiológica desempenha um papel crucial no controle da LV, com critérios de classificação de áreas para vigilância. Minas Gerais possui alta incidência de casos, destacando a importância da estratificação de risco. O Estado realiza ações voltadas para a vigilância e controle de reservatórios e vetores, incluindo o controle químico do vetor, diagnóstico e monitoramento de tratamento ou eutanásia, manejo ambiental e educação. Objetivo: Revisar sobre a atuação do setor de zoonoses nos municípios de Minas Gerais para o controle e prevenção da LV. Métodos: Foi realizado um estudo de revisão bibliográfica de trabalhos pesquisados eletronicamente, por meio do banco de dados Scielo, Google acadêmico, biblioteca virtual em saúde, PUBVET, endereços eletrônicos governamentais, livros e dissertações. Foram selecionados trabalhos da literatura médica inglesa e portuguesa, publicados no período de 1999 a 2023. Revisão de literatura: A LV é uma doença infecciosa causada por protozoários transmitidos por flebotomíneos. O ciclo de transmissão ocorre quando o vetor pica um mamífero, introduzindo o parasita no organismo. A compreensão desse ciclo é essencial para direcionar as ações de prevenção e controle. A Ficha de Investigação da LV e a estratificação de risco permitem a organização das ações de vigilância. A investigação entomológica é crucial para identificar o vetor, com métodos como coleta manual e uso de armadilhas. O cão é considerado o principal reservatório da doença, e medidas de vigilância incluem o alerta sobre sinais clínicos, testes diagnósticos e ações de eliminação. O controle da LV é responsabilidade do Sistema Único de Saúde (SUS), que realiza campanhas de prevenção e intervenções focadas na redução do risco de transmissão. Medidas preventivas incluem o uso de repelentes, mosquiteiros e manejo ambiental para diminuir os criadouros do vetor. Para os cães, recomenda-se exames sorológicos e o uso de coleiras impregnadas com deltametrina. Considerações finais: A LV é um desafio para a saúde pública no Brasil, especialmente em Minas Gerais. A atuação do setor de zoonoses é essencial, incluindo a identificação de animais infectados, medidas de controle do vetor e a educação da população sobre a prevenção, sendo necessário uma atualização constante e uma abordagem integrada.