Avaliação da força muscular isométrica do ombro em pacientes com sintomas de Síndrome do Impacto Subacromial

Resumo

Por ser uma articulação complexa constituída por variados músculos e articulações ósseas
o ombro é comumente afetado por inúmeras afecções, sendo a Síndrome do Impacto a mais comum em indivíduos adultos. Objetivo: Comparar a força muscular do ombro sintomático em relação ao não sintomático e verificar a relação entre a força muscular, dor, incapacidade do ombro e nível de cinesiofobia em pessoas com sintomas de Síndrome do Impacto Subacromial. Materiais e métodos: Participaram 20 pacientes de 20 a 65 anos, que possuem dor no ombro há pelo menos 2 meses. Foi realizado uma avaliação, com a ficha de anamnese, Escala Visual Analógica (EVA), questionário Shoulder Pain and Disability Index SPADI-Brasil, Escala de TAMPA Scale for Kinesiophobia (TSK), e dinamômetro portátil, e posteriormente realizado a comparação das variáveis coletadas. Resultados: Houve diminuição da força muscular isométrica em todos os movimentos avaliados, exceto no movimento de rotação medial e extensão. Observou-se relação significativa entre a dor e função do ombro, associada ao nível de cinesiofobia dos pacientes, porém apresentou correlação negativa entre a dor e a cinesiofobia. Notou-se que a diminuição da força muscular está diretamente associada ao aumento da pontuação no SPADI. Conclusão: Os resultados deste estudo revelaram que os participantes com sintomas de Síndrome do Impacto apresentaram uma redução significativa na força muscular isométrica em vários
movimentos do ombro, exceto na rotação medial e extensão. A força muscular apresenta correlação negativa com a pontuação obtida pelo SPADI, que avalia a funcionalidade do ombro. Além disso, foi observado uma relação significativa na funcionalidade do ombro com o grau de cinesiofobia, indicando que esses indivíduos enfrentam restrições nas atividades diárias devido ao medo de movimentar o ombro acometido. Entretanto, a intensidade de dor medida pela Escala Visual Analógica (EVA) não apresentou correlação com o grau de cinesiofobia.