Resumo
A Punica granatum (romã), planta utilizada como medicinal e nutricional, apresenta diversos compostos farmacologicamente ativos, que desempenham entre outras propriedades a ação antioxidante, que na romã está relacionada com os compostos fenólicos. As cascas da romã, subproduto gerado pela indústria de alimentos, podem ter diversos compostos bioativos; bem como as folhas, que estão em grande disponibilidade na natureza, sendo ambas empregadas em diversos usos na medicina popular. Dessa forma, a avaliação do potencial antioxidante e toxicológico dos extratos de folhas e cascas dos frutos de P. granatum é de grande relevância frente a sua importância para a indústria que almeja novos compostos antioxidantes, meios para reduzir os resíduos por ela produzidos, além de esclarecer à população sobre a composição, potencial antioxidante e toxicidade de folhas e cascas dos frutos dessa espécie. OBJETIVO: Identificar o potencial antioxidante e toxicológico dos extratos de folhas e cascas dos frutos de P. granatum. METODOLOGIA: Os extratos secos analisados, folhas e cascas dos frutos, foram preparados a partir da droga vegetal, através dos processos de maceração e de liofilização; os quais foram submetidos à triagem fitoquímica para identificação dos metabólitos especiais. O potencial antioxidante foi determinado via atividade do radical livre 2,2-diphenyl-1-picrylhydrazyl (DPPH) e a toxicidade foi avaliada através do ensaio com Artemia salina Leach. RESULTADOS: Em ambos os extratos foi identificada a presença de antraquinonas, esteroides, flavonoides e taninos. O potencial antioxidante para os extratos de folhas e cascas dos frutos, foram respectivamente 0,953 e 0,367 μg mL−1, o qual pode ser classificado como ótimo (IC50 < 15 μg mL−1). Ambos os extratos apresentaram toxicidade frente à A. salina Leach com CL50 igual a 499,743 μg mL−1 e 478,861 μg mL−1 para o extrato de folhas e das cascas dos frutos, respectivamente. CONCLUSÃO: Assim, pode-se atribuir ótimo potencial antioxidante aos extratos das folhas e cascas dos frutos de P. granatum, no entanto, estes revelaram toxicidade, o que sugere a realização de estudos mais específicos a fim de garantir que o uso destas estruturas vegetais como medicinal seja seguro.