Resumo
Introdução: A Síndrome do Ovário Policístico (SOP) consiste em uma desordem e distúrbio hormonal endócrino heterogêneo, no qual afeta no processo normal da ovulação causando o desequilíbrio hormonal que leva à formação de cistos nos ovários. Ela afeta principalmente as mulheres em idade reprodutiva e pode acarretar infertilidade por disfunção ovulatória, por sintomas androgênicos ou por distúrbios menstruais. O tratamento da SOP tem como parte primordial a melhora dos hábitos alimentares, logo, é de grande importância incentivar, cada vez mais, a relação do tratamento da SOP com uma dieta equilibrada e saudável para a melhora de sinais e sintomas. Objetivo: Analisar os hábitos alimentares e a qualidade de vida de mulheres com a Síndrome do Ovário Policístico, que possuem a idade de 18 a 59 anos, acadêmicas e funcionárias de uma faculdade particular. Metodologia: A pesquisa foi realizada com aplicação de questionários: PCOSQ-50, questionário sobre de qualidade de vida relacionada à saúde da Síndrome dos Ovários Policísticos adaptado pelos autores, coleta de dados pessoais, questionário sobre o histórico clínico da SOP de própria autoria, assim como o questionário de autoria própria “Avaliação do Consumo Alimentar em Relação a Síndrome do Ovário Policístico”. A pesquisa foi realizada por meio de questionários digitais (Google Forms) e físicos (de forma presencial). Para a análise dos resultados, foram feitos os testes estatísticos Shapiro-Wilk, teste T independente e o teste U de Mann-Whitney com intervalo de confiança de 95% utilizando-se o IBM SPSS Statistics 20. Resultados: Foram coletados dados de 80 mulheres que possuem a SOP. Observou-se sobre esse estudo que a média do consumo dos alimentos anti-inflamatórios e bons para a SOP pelo questionário de frequência teve média de 8,09 ± 4,175, e de alimentos pro-inflamatórios e ruins para a SOP foi maior, sendo (14,77 ± 4,309), sendo que a pontuação varia de 0 a 24 para os alimentos bons e os ruins de 0 a 27. De acordo com as mulheres avaliadas, vê-se que as que fazem acompanhamento com nutricionista, tem maior frequência do consumo de alimentos benefícios para a SOP, os alimentos anti-inflamatórios (t(75=2,238; p=0,028), do que as quem não fazem acompanhamento com o mesmo. Com relação ao consumo alimentar, 61,3% das mulheres (n=49) consideram sua alimentação mais ou menos saudável, e somente 1,3% (n=1) relataram que precisavam mudar sua alimentação. Observou-se que as mulheres que não tinham sintomas relacionados a SOP, obtiveram melhor da qualidade de vida quanto ao aspecto psicossocial e emocional. Aquelas que fazem acompanhamento com profissionais tem melhor qualidade de vida com relação ao hirsutismo e as que te tentaram ter filhos e tiveram falhas, apresentaram ter pior qualidade de vida relacionada a SOP em geral, e também relacionado a obesidade e desordens menstruais. Conclusão: O presente estudo mostrou que as mulheres que fazem acompanhamento com um profissional têm melhores efeitos relacionados ao hirsutismo, tendo melhor qualidade de vida relacionado com os sintomas da SOP. Observou-se ainda que as mulheres que não têm sintomas de SOP tem melhor qualidade de vida quanto aos aspectos psicossocial e emocional. Ainda sobre o estudo, as mulheres que não tem retenção hídrica tem melhor qualidade de vida no geral e nos domínios que envolvem percepção corporal e obesidade.