Resumo
Minas Gerais apresenta-se atualmente como o maior produtor de eucalipto do Brasil. São diversos os setores que utilizam a planta como matéria-prima. Em Minas Gerais as empresas do ramo metalúrgico / siderúrgico junto com as indústrias de papel e celulose são responsáveis pelo estado ter a maior área plantada do país. Diante disso, objetiva-se identificar as várias características da lavoura de eucalipto, sejam elas agroecológicas, econômicas e sociais com o intuito de apresentar os benefícios que a eucaliptocultura traz nos dias atuais. Os dados foram obtidos através de levantamento histórico do surgimento do eucalipto no Brasil, além de consultas a importantes entidades nacionais que tratam do assunto, como a Associação Mineira de Silvicultura, a Sociedade Brasileira de Silvicultura, o Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais e de banco de dados de revistas como a Cerne da Universidade Federal de Lavras, a revista Árvore da Sociedade de Investigações Florestais, a revista Pesquisas Florestais Brasileiras, a Ciência Florestal, dentre outras. O trabalho mostra a importância dessa cultura florestal para o estado de Minas Gerais, quebrando alguns preconceitos que a planta leva a várias décadas, chegando a ser chamada de “deserto verde” ou até de “planta do mal”. A eucaliptocultura pode ser considerada uma atividade sustentável. Mesmo sendo uma monocultura, ela pode trazer diversos benefícios para o meio ambiente, como a fertilidade e proteção de solos pobres e intemperizados, comuns no Brasil, proteção nas florestas nativas e participação no mercado de carbono. Ainda nos aspectos de sustentabilidade, a cultura de eucalipto, quando comparada com outras monoculturas de ciclo curto, como o feijão, a soja e o milho, apresenta um baixo grau de degradabilidade ambiental. A economia de base florestal, em especial as que usam eucalipto, é responsável pela geração de empregos, melhorando a qualidade de vida da população, alavancando a economia e promovendo a sustentabilidade ambiental.