Comparação do tipo de pé e pisada entre crianças obesas e não obesas

Resumo

Sabe-se que a obesidade infantil é hoje uma realidade e que, o pé é a base que sustenta todo do corpo do indivíduo em postura ortostática, de forma a lhe permitir a locomoção, a estabilidade e a realização de algumas atividades cotidianas. O excessivo e repetitivo aumento nas forças de suporte de peso causado pela obesidade pode causar alterações no pé e na pisada da criança. Objetivo: Fazer uma comparação dos arcos plantares, dos tipos de pisadas e o alinhamento postural do tornozelo nos planos sagital e frontal de crianças obesas e não obesas. Metodologia: Participaram do estudo 30 crianças da Escola Estadual Aureliano Pimentel em São João del Rei, Minas Gerais. Procedeu à análise do Índice de Massa Corpórea (IMC) e Relação Cintura Quadril (RCQ) dos alunos. Foram aplicados testes diferenciados tais como análise postural por fotogrametria, teste para a posição neutra do tálus (posição com sustentação de peso) e teste da queda do navicular. Os dados obtidos foram descritos em uma ficha de avaliação. Resultados: com fotogrametria de apoio, observa-se que os indivíduos obesos apresentam maior resultado no apoio bipodal (2,65º e 3,43º contra 1,99º e 2,65º do grupo de controle) e menor no apoio unipodal (3,59º e 4,86º contra 4,3º e 6,44º do grupo de controle). E no teste da queda do navicular constatou-se que a quantidade de pronação é maior em indivíduos não obesos quando se diz respeito ao pé não dominante tanto na posição de tálus como relaxado (0,58cm e 0,57cm contra 0,52cm e 0,51cm do grupo obeso) de forma que se compreende que estes possuem uma maior curvatura do arco plantar. Sendo assim, as pessoas obesas tendem a ter um pé mais plano. Conclusão: Constatou-se ao longo desse trabalho que existe uma influencia da obesidade sobre a pisada, de forma que o peso do corpo incide diretamente no arco plantar e consequentemente na pisada e na postura do indivíduo.