Resumo
Introdução: As práticas usadas na Medicina Humana procuram reduzir riscos e falhas, provendo uma assistência segura e de qualidade ao paciente. Na Medicina Veterinária, estudos apontam falhas contínuas, com uma média de cinco erros por 1.000 pacientes em hospitais veterinários, destacando a necessidade de melhorias contínuas. No cenário humano, o marco de "To Err is Human" incentivou a segurança do paciente, dando exemplo para iniciativas de diminuir falhas e aumentar a eficiência nos cuidados. A Medicina Veterinária, ainda em desenvolvimento, encontra-se ainda lacunas quanto à padronização e à implementação de práticas seguras e baseadas em evidências. Objetivo: Abordar as diferenças entre os processos de qualidade e segurança em hospitais veterinários comparados aos encontrados na Medicina Humana. Métodos: Foi elaborada uma revisão bibliográfica e um estudo de trabalhos científicos. A busca foi feita em bases como Google Scholar, PubMed, Scielo e Bvsalud, contemplando publicações de 2012 a 2024 em inglês e português. Os descritores incluíram "Segurança do Paciente", "Qualidade em Saúde", "Medicina Veterinária", entre outros, para certificar a relevância e abrangência dos estudos selecionados. Revisão de literatura: A segurança e a qualidade no atendimento são essenciais tanto na Medicina Humana quanto na veterinária, embora esta última ainda enfrente desafios na padronização de práticas seguras. Estudos revelam incidentes comuns em ambas as áreas, como erros de medicação e falhas de comunicação. Na Medicina Veterinária, há pouca padronização e resistência à adoção de práticas seguras e notificações de eventos adversos, dificultando a melhoria contínua. Normas e diretrizes são fundamentais para alinhar os cuidados veterinários aos padrões humanos, mas ainda são insuficientemente implementadas. Fortalecer essas práticas é crucial para promover um atendimento mais seguro e eficaz para os animais. Considerações finais: Existem diferenças significativas nos procedimentos de qualidade e segurança entre os hospitais veterinários e a Medicina Humana, que possui práticas normatizadas e fundamentadas em evidências para evitar eventos adversos. O setor veterinário, por sua vez, enfrenta obstáculos na implementação de protocolos e na padronização. Embora haja regulamentos em vigor, sua aplicação ainda é restrita, sinalizando a necessidade de progresso. É fundamental cultivar uma cultura de segurança, baseada nos padrões da Medicina Humana, para garantir um atendimento veterinário mais eficiente e seguro.