Cooperação entre a técnica de ablação térmica e o uso de lipossomas de fármacos antitumorais no tratamento do câncer de fígado

Resumo

O carcinoma hepatocelular (CHC) é uma das formas mais letais de câncer, sendo a segunda principal causa de mortes relacionadas a neoplasias. Devido à agressividade da doença e às limitações das terapias convencionais, há uma busca contínua por alternativas no tratamento deste tipo de câncer. A combinação de ablação térmica e lipossomas de fármacos antitumorais tem mostrado eficácia no combate ao CHC, reduzindo efeitos colaterais e preservando células saudáveis. Dessa forma, o objetivo desse trabalho foi realizar uma revisão da literatura nos principais bancos de dados sobre a associação dessas duas técnicas, analisando as perspectivas no tratamento do câncer de fígado. Os resultados indicam que a combinação de ablação térmica e lipossomas de fármacos antitumorais é eficaz na redução do volume tumoral e aumento da apoptose das células cancerígenas. Estudos mostraram que a inibição de PI3K/mTOR com BEZ235 reduziu o volume do tumor de CHC em até 75% após a ablação a laser. A terapia TATI, que combina quimioembolização transarterial (TACE), ablação por micro-ondas, apatinibe e imunoterapia, melhorou a sobrevivência dos pacientes sem efeitos adversos graves. A combinação de hipertermia por radiofrequência e doxorrubicina aumentou a apoptose e reduziu a viabilidade celular em tumores hepáticos de coelho. A imunoterapia combinada com quimioterapia, utilizando LTX-315 e doxorrubicina lipossomal, potencializada por RFH, mostrou resultados promissores em ratos com CHC, aumentando a apoptose e diminuindo a viabilidade celular. Assim, os trabalhos concluem que a combinação de ablação térmica e lipossomas de fármacos antitumorais apresenta uma abordagem promissora no tratamento do CHC, com resultados positivos na redução do volume tumoral e aumento da apoptose das células cancerígenas.