Resumo
As dificuldades de aprendizagem têm sido alvo de críticas, inquietação dos profissionais da área de educação e objeto de estudos, artigos e trabalhos científicos, na busca de compreender esse fenômeno e de levantar alternativas que minimizem o problema. No entanto, apesar dessas iniciativas, voluntárias, particulares ou vinculadas a sistemas governamentais, muito pouco se tem visto e efetivado como resultado. As dificuldades continuam para uma população de alunos estigmatizados como fracassados por causa das dificuldades que apresentam. O objetivo principal do estudo foi analisar as questões que levam ao fracasso escolar e que interferem na qualidade do processo ensino/aprendizagem. Após aprovação do projeto de pesquisa pelo Comitê de Ética da UNIPAC, iniciou-se a pesquisa de campo. A escola foi contactada, a direção, supervisão, professor, pais e alunos foram selecionados e deu-se início às entrevistas, após a assinatura do Termo de Consentimento Livre Esclarecido. A pesquisa foi realizada numa Escola Estadual do Município de Palma/MG, onde foram entrevistados três alunos do terceiro ano de escolaridade, seus respectivos pais e/ou responsáveis, o professor da turma desses alunos, a diretora e a supervisora da escola. O instrumento de investigação foi um questionário semiestruturado. As entrevistas foram realizadas, tendo sido registradas em fitas cassete e depois transcritas. Após a coleta dos dados, utilizou-se a abordagem qualitativa para a interpretação das entrevistas. Foram destacados aspectos relevantes sobre a avaliação na sua dimensão diagnóstica e mediadora, a importância das relações entre pais, alunos e escolas, fortalecendo vínculos e firmando parcerias.
