Efetividade de intervenções fisioterapêuticas no tratamento de mulheres com incontinência urinária – uma revisão sistemática

Resumo

Atualmente as mulheres representam 50,77% da população brasileira, sendo as principais usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS) e entre as patologias que as acometem está a Incontinência Urinária, definida como uma disfunção do trato urinário inferior por uma alteração no processo fisiológico da micção ou nas estruturas envolvidas no suporte e sustentação dos órgãos responsáveis. Objetivo: Análisar de forma crítica e comparativa as intervenções fisioterapêuticas no tratamento da Incontinência Urinária, através de revisão sistemática da literatura. Método: Efetuar uma busca nas bases de dados eletrônicas, restringindo o período de publicação entre janeiro de 2010 e dezembro de 2020, utilizando os descritores das palavras-chaves e indexações na língua inglesa, espanhola e portuguesa. Resultado: Apesar de todas as diferenças apontadas nos estudos avaliados, todos os estudos relataram resultados positivos, demonstrando que todas as terapêuticas são efetivas com taxas de sucesso semelhantes e confiáveis de tratamento em mulheres com incontinência urinária. Discussão: O treinamento dos músculos do assoalho pélvico e a eletroestimulação foram os métodos de tratamentos utilizados de primeira linha, sendo encontrados na maioria dos estudos pesquisados. Entre os efeitos terapêuticos mencionados por vários autores, estão melhorias clinicamente significativas nos sintomas urinários, como, força muscular dos músculos do assoalho pélvico, na qualidade sexual e de vida em mulheres com incontinência urinária. Conclusão: Após a revisão sistemática da literatura conclui-se que as intervenções fisioterapêuticas tratam e previnem a incontinência urinária trazendo melhor interferência na qualidade de vida das mulheres.