Após os acontecimentos do maio de 68 francês, os autores Gilles Deleuze e Félix Guattari produziram uma obra – Anti-Édipo (1972) – de saberes multifacetados e heterogêneos na articulação entre capitalismo e esquizofrenia. Uma obra crítica e política que incitam processos desejantes e de experimentação, de multiplicidades e diferenças. A partir dessa obra, podemos denominar a Esquizoanálise como uma cartografia clínica, enquanto uma práxis que visa uma raspagem dos modelos representativos de reprodução das subjetividades e da realidade para uma criação e intensificação de modos outros de subjetividade, ou seja, modos subjetivação. O objetivo da pesquisa é investigar o conceito de clínica para a esquizoanálise de Gilles Deleuze & Félix Guattari e discutir possíveis contribuições para uma psicoterapêutica no campo clínico psicológico. A hipótese aqui levantada é que a clínica esquizoanalítica é um dispositivo de produção e intervenção clínico-terapêutico de cuidado e promoção de saúde e formas outras de existência.