Resumo
Introdução: A fisioterapia veterinária pode ser utilizada como único tratamento, ou complementar as práticas integrativas. Sendo assim, é associada a várias técnicas com intuito de reestabelecer o equilíbrio do corpo, controle da dor/inflamação, restauração da amplitude e movimentos, auxiliando no controle da atrofia muscular e na prevenção de lesões. O veterinário fisiatra é capaz de estabelecer o melhor tratamento após o animal passar por uma consulta completa, com anamnese e exames físicos, para poder determinar um protocolo individualizado atendendo suas necessidades. Para os felinos, é necessário adaptar o ambiente clínico para que ele fique mais confortável para seu manejo e tratamento. Ao unir técnicas de terapias manuais e tratamentos eletrofísicos e térmicos, consegue-se obter na maioria das vezes, o resultado almejado. Na acupuntura, seu processo é para reestabelecer o equilíbrio do corpo através da estimulação dos pontos específicos; já o ultrassom terapêutico serve para atuar na condução do estímulo nervoso, diminuição da dor e melhoria dos espasmos musculares. A eletroterapia atua pela corrente elétrica, que gera uma tensão de duas maneiras diferentes (TENS e FES); enquanto a laserterapia contribui na reparação do tecido lesado, auxiliando na regeneração do tecido. A magnetoterapia, ocorre por um realinhamento em busca da homeostasia do corpo, com a finalidade de proporcionar o retorno da função do membro. Objetivo: Relatar o caso do felino com uma neuropatia do nervo isquiático no membro pélvico direito e abordar como a fisioterapia atuou no âmbito da reabilitação desse paciente. Relato de caso: Paciente felino, sem raça definida, macho, de sete anos e 4,0kg, foi atendido após uma cirurgia de castração, apresentando claudicação, desconforto na palpação da região do linfonodo poplíteo e dor local no membro pélvico direito, por apresentar uma neuropatia inflamatória do nervo isquiático no membro pélvico direito após a aplicação de injeção intramuscular. Em outras clínicas veterinárias foi instituído tratamentos convencionais, mas sem ação bem-sucedida; bem como exame radiográfico, do qual não apresentou fratura óssea, suspeitando-se de neuropatia do nervo isquiático. Na sessão, foi realizado anamnese completa com parâmetros fisiológicos normais, bem como exames neurológicos nos quais apresentavam alterações posturais, na marcha/locomoção, encurtamento do membro pélvico direito, paresia e ausência de resposta a propriocepção e saltitamento. Com a diminuição dos reflexos, foi possível confirmar a lesão nervosa do membro. Estabeleceu um protocolo individualizado de 10 sessões de fisioterapia e práticas integrativas, com diversos pontos de acupuntura, magnetoterapia, laserterapia, ultrassom terapêutico e eletroestimulação, e neste tratamento, o paciente demonstrou melhora no quadro da dor, aumento de massa muscular e diminuição da claudicação. Conclusão: Com a associação das técnicas descritas, foi possível obter um prognóstico positivo para o felino, assim como promover qualidade de vida e bem-estar.