Resumo
Introdução: Destaca a crescente procura de serpentes como animais pet e como os erros de manejo culminam em estresse e imunossupressão, permitindo a ação de microrganismos oportunistas, sendo as infecções bacterianas mais comuns: Estomatite, Pneumonia e Dermatite. Objetivo: Abordar sobre a importância do manejo adequado de serpentes e as infecções bacterianas comumente vistas na rotina clínica. Métodos: Revisão por meio de busca de artigos científicos do banco eletrônico, assim como livros e artigos físicos. Revisão de literatura: O conhecimento do médico veterinário a respeito do comportamento de serpentes em vida livre pode auxiliar no diagnóstico e no tratamento de infecções, já que boa parte dos acometimentos de ordem infecciosa estão relacionados ao manejo inadequado em cativeiro. Para que o veterinário possa manipular o paciente durante a consulta existem vários cuidados e técnicas de manejo e contenção, necessários para que haja uma boa análise do paciente, exigindo, por vezes, o auxílio de mais pessoas durante o atendimento, no caso de grandes serpentes, assim como de um herpetologista para casos de contenção de serpentes peçonhentas. Estas técnicas e cuidados precisam ser bem executados de forma a evitar acidentes, luxações e até mesmo fraturas nos animais. Durante a anamnese é comum os diagnósticos de doenças infecciosas, que são tidas como uma das principais causas de mortalidade em serpentes. No caso das infecções causadas por bactérias, as gram-negativas são predominantes sobre outros microrganismos devido ao seu caráter oportunista. O que é comum em serpentes cativas, já que as infecções bacterianas são mais frequentes, devido principalmente, às más técnicas de manejo, que geram estresse e diminuem as respostas imunológicas, o que favorece as infecções por bactérias gram-negativas, tais como estomatites, pneumonias e dermatites. Por isso, quando criadas em cativeiro, as serpentes necessitam de manejo e recinto adequados. A temperatura, umidade, luz, substrato e alimentação, também são cuidados que devem ser seguidos à risca, levando em consideração a espécie cativa. Considerações finais: Os erros de manejo estão diretamente relacionados ao aparecimento de infecções bacterianas. A queda na imunidade devido ao manejo incorreto gera estresse, permitindo assim a ação bacteriana. Dessa forma, cabe ao médico veterinário orientar o proprietário sobre as formas manejo adequadas para cada espécie, assim como aplicar as medidas profiláticas. Todas essas medidas vão permitir a qualidade de vida, bem-estar e saúde do animal.