Resumo
A infecção do trato urinário (ITU) apresenta elevada prevalência na população, atingindo mais comumente mulheres, devido diferença anatômica da uretra entre os sexos. Os exames laboratoriais para diagnóstico dessas infecções são o EAS (elementos anormais no sedimento urinário) e urocultura com antibiograma.O objetivo dessa pesquisa foi determinar a prevalência e o perfil de resistência das bactérias causadoras de ITUs em pacientes atendidos em um laboratório particular de análises clínicas em Barbacena, Minas Gerais.O estudo foi de carater transversal, retrospectivo, baseado em resultados de EAS, urocultura com perfil de resistência aos antimicrobianos, de pacientes com 18 anos ou mais, sem restrição de sexo, com exames realizados entre maio de 2019 a maio de 2022.Os dados foram analisados no Microsoft Excel. Foram coletados 400 resultados positivos para ITU, com 84,25% de prevalência em mulheres. A média de idade dos pacientes foi de 61,6 anos ± 20,81. Observou-se 14,75% de indivíduos com proteinúria, sendo mais frequente no grupo dos idosos. A bactéria isolada em maior frequência foi Escherichia coli (74,0%) seguida da Proteus mirabilis (4,75%). Dentre os antibióticos testados, observa-se baixa resistência à amoxicilina com clavulanato, nitrofurantoína, ciprofloxacina e norfloxacina, nessa ordem, comparado aos demais antibióticos testados frente as bactérias mais comuns.Vários fatores influenciam na resistência microbiana, com destaque para o uso recorrente e inadequado de antimicrobianos. Outras medidas preventivas para ITU também devem ser tomadas, como uma correta higienização da região íntima feminina e masculina.