Resumo
Resumo: Introdução: Bexiga hiperativa (BH) é uma disfunção complexa que abrange sintomas de urgência, aumento da frequência urinária e noctúria, que também podem estar associados à incontinência urinária. Objetivo: Identificar os principais métodos avaliativos e as principais intervenções utilizadas como tratamento para redução dos sintomas e melhora da qualidade de vida de pacientes com BH, sob a ótica de fisioterapeutas especialistas em Saúde da Mulher. Metodologia: 86 fisioterapeutas, especialistas em saúde da mulher e registradas no CREFITO, responderam ao questionário eletrônico, divulgado nas redes sociais. O questionário abordou questões sobre o fisioterapeuta, perfil dos pacientes, avaliação, intervenções fisioterapêuticas, prognóstico para resolução dos sintomas e melhora da qualidade de vida e principais desafios no tratamento da síndrome.. Resultados: Apenas 45,34% das pacientes chegam com diagnóstico de Bexiga Hiperativa. Na avaliação dessas pacientes, o "Diário Miccional" e a "Anamnese" foram os métodos mais citados, ambos com uma taxa de utilização de 98,84%, seguida pela palpação digital (86,05%). A terapia comportamental é a intervenção mais utilizada (93,02%), seguida por orientações alimentares e treinamento muscular do assoalho pélvico. A adesão ao tratamento é vista como o principal desafio e fator crucial para o sucesso, com 65,12% dos profissionais destacando essa dificuldade. Conclusão: O estudo identificou que a anamnese, o diário miccional e a palpação digital são os métodos de avaliação predominantes entre as fisioterapeutas. Em relação ao tratamento da bexiga hiperativa, destacou-se a utilização da terapia comportamental, orientações sobre alimentos irritativos, treinamento dos músculos do assoalho pélvico e programas de exercícios domiciliares.