Resumo
Introdução: Nas últimas décadas, a ovinocultura de corte no Brasil apresentou um crescimento significativo em seu segmento. No entanto, ainda há impasses a serem solucionados para seu pleno desenvolvimento produtivo e melhorias na qualidade da carne. Por ser uma atividade de subsistência em sua maior parte, não possuía foco no mercado interno. Entretanto, é possível perceber que essa realidade passa por mudanças e a ovinocultura se mostra cada vez mais com aspectos mercadológicos positivos. Objetivo: revisar o histórico do consumo da carne ovina até a atualidade e os pontos que a tornam um produto de potencial crescimento no mercado interno. Métodos: O trabalho foi realizado por meio de revisão de literatura, análise de trabalhos e artigos pesquisados eletronicamente através do banco de dados da internet. Revisão de Literatura: Os ovinos surgiram no Brasil no século XVI e, por longas décadas, a ovinocultura constituiu-se em atividade essencialmente de subsistência. A partir do século XX, apesar de ainda não figurar como uma das proteínas animais prediletas pelos consumidores, a comercialização de sua carne vem demonstrando crescimento no mercado, revelando-se em importante potencial a ser explorado, principalmente no Sul e Nordeste do país, onde a demanda pelo alimento é maior quando comparada às demais regiões. O comércio de grandes cortes e a ausência de oferta de produtos de qualidade prejudicam o engajamento da população quanto à ingestão da proteína animal. Dados coletados de uma pesquisa realizada no Brasil apontam que 12% da população brasileira nunca consumiram derivados cárneos dos ovinos, enquanto 25% consomem ocasionalmente, 17% mensalmente e 1% diariamente. Entre as raças utilizadas para corte destacam-se a Suffolk, Ile de France, Santa Inês, Dorper e Morada Nova. Procedimentos e programas adequados de manejo do rebanho e de melhoramento genético, como o GENECOC, são formas de consolidar a ovinocultura de corte no mercado competitivo. A distribuição de carne oriunda das ovelhas em bares e restaurantes como kafta e linguiça também se mostra como alternativa de ampliar o seu consumo. Além disso, a inovação de tecnologias na comercialização e na cadeia produtiva agrega valor ao produto à exposição para venda. Considerações finais: Observa-se que o consumo de carne ovina no país tem se destacado. Com o intuito de se consolidar no mercado, deve-se desenvolver e trabalhar o seu alto potencial por meio de manejo adequado, melhorias no processo de produção, aperfeiçoamento genético e abate apropriado, para apresentar um produto de qualidade aos consumidores.