Resumo
Na idade antiga, a convivência com pessoas portadoras de deficiência era vista como um tabu, algo a ser evitado. De fato, tais pessoas eram consideradas amaldiçoadas, obras do demônio, seres impuros cuja deficiência ostentada era a pena a ser cumprida, sendo, por esta razão, marginalizados. Há alguns anos, a sociedade percebeu o crescimento consistente e contínuo destes cidadãos, tornando-se necessário criar leis e políticas públicas de amparo, permitindo-lhe uma sobrevivência mais digna e autônoma com sua inserção no mercado de trabalho, na rede pública de ensino, nos espaços de convivência social. A inclusão dos portadores de deficiência é um tema polêmico, relevante e atual, que provoca debates inflamados no Brasil e no mundo. Todas as discussões em torno do assunto surgiram da necessidade de tornar a sociedade menos desigual, dando acesso a todos os cidadãos dos seus direitos, dentre os quais se destaca o direito à educação. O presente artigo objetiva tratar a inclusão de pessoas com deficiências no meio escolar, fazendo uma abordagem histórica e passando pelas políticas de educação especial. Pretende-se contribuir para o debate com uma reflexão mais crítica. Inserir uma criança com deficiência na rede regular de ensino é de fato observar o princípio constitucional da igualdade? A dignidade destes pequenos e especiais cidadãos está sendo respeitada? São as questões que se busca responder. Nesta direção, utiliza-se como metodologia a pesquisa bibliográfica, buscando a contribuição de diversos autores, para analisar as práticas que estão presentes no espaço educacional.