O modelo experimental de axolote ambystoma mexicanum (shaw & nodder, 1798) como estudo de regeneração tecidual e suas aplicações nas medicinas veterinária e humana: revisão de literatura

Resumo

Introdução: A capacidade de regenerar tecidos lesionados ou perdidos é fundamental para a homeostase e manutenção da vida. A maioria dos animais se recuperam de lesões por meio da formação de cicatrizes, ao passo que alguns animais como é o caso dos urodeles (tritões, axolote e salamandras), o fazem por meio da regeneração, ou seja, recuperação completa de partes e tecidos perdidos. O Ambystoma mexicanum apresenta uma excepcional capacidade regenerativa, aliada à facilidade de manutenção e reprodução em laboratório, de modo que tem ganhado destaque como modelo de estudo em medicina regenerativa. Objetivo: O objetivo do trabalho foi revisar sobre a regeneração do Axolote e as aplicações da mesma nas medicinas humana e veterinária. Métodos: Foi feita uma busca nas bases de dados Pubmed, Scielo, Biblioteca Virtual em Saúde e Google Acadêmico pelos termos “Axolote”, “Ambystoma mexicanum”, “Axolotl” e “regeneration”. Revisão de literatura: A regeneração do A. mexicanum se caracteriza pela formação de um blastema, o qual contém um conjunto de células indiferenciadas, e em algumas horas após o ferimento, o mesmo já é recoberto por epitélio. As vias moleculares e genéticas que coordenam esse processo regenerativo ainda não foram completamente esclarecidas, a utilização do axolote como modelo regenerativo é uma área promissora para pesquisas, e a compreensão das vias moleculares que culminam nesse processo podem ampliar a terapêutica de diversas doenças, por meio do estímulo do processo regenerativo em humanos e outros animais. Foram observados estudos utilizando o axolote como modelo regenerativo no câncer, doenças neurodegenerativas, e ainda cicatrização de feridas, nos quais resultados promissores foram demonstrados. Considerações Finais: Ainda se trata de uma área pouco explorada e muitas pesquisas ainda serão necessárias.