Resumo
A inclusão é um tema que ganha força na sociedade atual, principalmente na escola. É na convivência com os outros e com o meio ambiente que as necessidades de qualquer ser humano se apresentam, sendo fundamental, pois, a compreensão de que a inclusão de qualquer cidadão é representada pelo seu contexto de vida, e depende das condições sociais, econômicas e culturais da família, escola e sociedade. Entende-se que todas as pessoas com necessidades educacionais especiais necessitam tanto da educação quanto as demais. Pessoas com Síndrome de Down têm um potencial a ser desenvolvido, de modo que um bom programa com a interação de profissionais da área da saúde, educação e a participação da família é fundamental. É na escola que acontece a consolidação das competências lingüísticas, e este fator, além de ampliar o aprendizado, é também o principal veículo de socialização da criança com Síndrome de Down. O trabalho de reflexão por parte dos educadores é imprescindível, no qual devem conhecer os desafios e dificuldades que as crianças com Síndrome de Down enfrentam, bem como respondem melhor a tais desafios. Nesta perspectiva, o presente trabalho teve como objetivo observar o desenvolvimento e aprendizagem de duas crianças com Síndrome de Down, procurando identificar o desempenho cognitivo, psicomotor e sócio-afetivo. Foram observados um menino com Síndrome de Down matriculado na educação infantil da escola comum e uma menina com Síndrome de Down que recebe atendimento especial na sala de recurso da instituição especializada, com as devidas autorizações dos responsáveis e do Comitê de Ética em Pesquisa da UNIPAC. No processo de investigação, a abordagem caracterizou-se como uma pesquisa qualitativa do tipo etnográfico, utilizando-se da técnica da observação participante. Como instrumento para observação das crianças, foi utilizado um programa de desenvolvimento para crianças deficientes, baseado nas áreas do autor Vitor Fonseca (1995). O programa apresenta um currículo abrangendo o desenvolvimento infantil nas seguintes áreas: motricidade global, linguagem, cognição e sociabilidade. O instrumento foi adaptado pela pesquisadora, analisando atividades observadas no contexto da pesquisa. Outros mecanismos foram utilizados, como o questionário e a entrevista com as professoras das crianças observadas. Já o instrumento usado para observar as áreas de desenvolvimento das duas crianças envolvidas propiciou indicações para apontar as funções que estão prejudicando a ação cognitiva e quais os graus de complexidade das tarefas, de abstração e de eficácia exigidos no processo educativo. Contudo evidenciamos muitas habilidades em processo de desenvolvimento indicando a possibilidade de suas aquisições, posteriormente. PALAVRAS – CHAVE: Síndrome de Down; Inclusão; Atendimento Especializado