Resumo
Na esteira das transformações constantes por que passa a sociedade, o Poder Judiciário não
pode permanecer inerte, sob pena de ser desacreditado pela população. Nesse sentido,
diversas reformas e alternativas tem sido propostas no escopo de se acompanhar a evolução
social. É certo que ao passo que os processos se acumulam nas prateleiras do Poder Judiciário
pátrio, a capacidade deste em solucioná-las não tem sido suficiente. Este crescimento na
proposição de demandas é fruto do acesso à informação e à indignação da população de um
modo geral em relação às provocações a que são submetidas em seu dia a dia. Na esteira desta
dicotomia, onde se contrapõe a avalanche de feitos e a capacidade de julgá-los está sendo
proposta a informatização do processo judicial que tem como objetivo tornar o julgamento das
demandas de maneira mais célere, garantindo ao cidadão o acesso ao judiciário, em tempo
razoável. Ao longo deste trabalho, são estabelecidos parâmetros da história processual desde o
seu surgimento até a era da informática. Também é feita uma abordagem da lei nº 11.419/06 e
suas implicações e inserções na esteira processual brasileira, o papel do CNJ, questões acerca
dos insumos necessários e da forma como será instrumentalizado o processo eletrônico, que
desponta como alternativa moderna aos problemas há muito enfrentados no que diz respeito à
morosidade processual. Por fim, é feita uma sucinta análise de aspectos positivos e
dificuldades observadas na implantação do processo eletrônico, bem como experiências já em
andamento no Brasil que servem de rumo para a implantação definitiva desta nova forma de
se conceber o processo neste país.