Obstrução total de cólon menor em equino secundário a fitobezoar: relato de caso

Resumo

Introdução: Os equinos possuem um sistema gastrointestinal complexo, compreendendo o intestino grosso que se subdivide em ceco, cólon e reto, responsável pela fermentação de fibras e nutrientes não absorvidos. A cólica, uma enfermidade comum, pode resultar de obstruções no cólon menor conhecidas como fecaloma, podendo estar associado a fitobezoares. O diagnóstico requer avaliação clínica, exames complementares e possivel laparotomia exploratoria. Objetivo: Relatar uma obstrução total de cólon menor em equino secundário a fitobezoar. Relato de caso: Um jovem equino da raça Mangalarga Marchador foi admitido no Hospital Veterinário Estrada Real devido a dor e distensão abdominal intensa com suspeita de fecaloma. Após avaliação e exames complementares, foi indicada a laparotomia exploratória. A remoção do fitobezoar foi realizada por enema que consistiu na introdução de uma sonda via retal guiada por massagem interna abdominal. Após 16 dias, o equino recebeu alta com orientações de cuidados contínuos e monitoramento. Discussão: Os resultados observados neste caso estão em concordância com as informações existentes na literatura sobre as obstruções intestinais em equinos jovens, cuja ocorrência é associada aos seus hábitos alimentares menos seletivos e à imaturidade do sistema digestivo. A utilização da ultrassonografia abdominal apresenta baixa eficácia para diagnostico de fecaloma. Contudo, auxilia para exclusão de outras patologias. A seleção da laparotomia e enterotomia como abordagens cirúrgicas estão em conformidade com os relatos de literatura. A utilização dos fármacos, xilazina, butorfanol, cetamina, diazepam, isoflurano e lidocaína são os recomendados na pratica anestésicas, e citados na literatura. Conclusão: A obstrução total do cólon menor em equinos por fitobezoares requer atenção veterinária especializada, incluindo diagnóstico preciso e tratamento adequado. A prevenção e o manejo responsável são essenciais, e cuidados cirúrgicos especializados, suporte pós-operatório e monitoramento rigoroso contribuem para uma recuperação bem-sucedida.