Resumo
Introdução: O cão feral é aquele animal que era doméstico e passou a viver em um ambiente selvagem, seja por motivo de abandono ou fuga. Não possui provedores de alimento, água ou cuidados veterinários. Dessa forma, recuperam seus instintos selvagens, dependem de sua própria caça e sobrevivência, o que gera impactos no meio ambiente, com consequências na saúde dos animais e humana. Objetivo: Revisar sobre os impactos de cães ferais à saúde ambiental e aos seres humanos. Métodos: O presente trabalho se referiu a um levantamento de revisão bibliográfica e análise de trabalhos pesquisados eletronicamente por meio do banco de dados da internet. Foram selecionados trabalhos de literatura médico veterinária em línguas inglesa e portuguesa, publicados no período de 1973 a 2023. Revisão de Literatura: Por serem hiperpredadores na natureza, os cães ferais causam impactos à vida selvagem.
Causam deslocamento físico e temporal da fauna, perturbação e resposta ao estresse, prejudicando a vida dos animais que ali vivem, reduzindo a quantidade de ambiente funcionalmente disponível que os oferece alimentação, reprodução e descanso, além de contaminação da água e mortalidade de outras espécies, seja ela direta (predação) ou indireta (transmissão de patógenos). Esses cães competem pelo mesmo ambiente com os que ali vivem, as atividades dos animais diminuem para poder evitar contato com os cães, podem participar da transmissão de diversos patógenos aos seres humanos e animais silvestres, como a giardíase, cinomose, parvovirose, leishmaniose, toxoplasmose, escabiose e são reservatório de raiva. Podem gerar acidentes por mordeduras e risco de hibridização com outras espécies. A Holanda é um grande exemplo de país em relação ao controle da população de cães de rua, pois foi o primeiro país que conseguiu zerar essa população. Considerações finais: Os impactos que os cães ferais causam devem ser discutidos e estudados. Estratégias de manejo devem ser criadas a fim de evitar a procriação da espécie de forma desregulada. Campanhas de vacinação e educativas devem ser priorizadas para que não haja abandono. É preciso tomar medidas preventivas a fim de evitar um maior impacto
no futuro.