Resumo
Introdução: A paralisia cerebral trata-se de uma sequela neurológica que resulta em uma lesão não progressiva no cérebro imaturo. Podendo ocasionar transtorno neuromotor persistente, alteração do tônus, na postura e no movimento. Seus distúrbios motores podem estar relacionados à cognição, comunicação, comportamento, percepção e/ou epilepsia, tornando mais difícil suas atividades diárias. Objetivo: Analisar os efeitos da hidroterapia no tratamento de crianças com paralisia cerebral. Métodos: Trata-se de uma revisão sistemática, onde foi realizada a busca nas bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde, PubMed e PEDro, com combinações entre os operadores boleanos em inglês “Hydrotherapy”, “Cerebral Palsy”, “Rehabilitation” e em português “Hidroterapia”, “Paralisia Cerebral” e “Reabilitação”. Como critérios de inclusão foram selecionados: artigos publicados nos últimos 10 anos (2011 a 2021), artigos originais que abordem a hidroterapia em crianças de 1 a 12 anos com paralisia cerebral, que se associam ou não outros métodos de tratamento com a hidroterapia e que se encaixem com o tema. Já nos critérios de exclusão foram descartados: revisão sistemática, meta-análise, integrativa e narrativa, trabalhos que tratavam de pacientes adolescentes e adultos, que abordavam a hidroterapia em outras patologias e artigos repetidos. Resultados: Foram incluídos quatro estudos que avaliaram a eficácia da hidroterapia no tratamento de crianças com paralisia cerebral. Discussão: Observou-se melhora na função motora grossa, equilíbrio de tronco e mobilidade. É importante realizar o diagnóstico precoce, uma terapia adequada e um tratamento individualizado. Considerações finais: Podemos considerar que a hidroterapia é benéfica para crianças com paralisia cerebral, principalmente em relação à coordenação da função motora grossa.