Prevalência de desnutrição hospitalar em um hospital da cidade de Barbacena-MG

Resumo

Introdução: A desnutrição hospitalar é altamente prevalente e pouco identificada. O risco nutricional se refere ao risco aumentado de morbimortalidade em decorrência do estado nutricional. A triagem nutricional identifica indivíduos desnutridos ou em risco de desnutrição, almejando determinar se existe risco nutricional e se é necessária avaliação nutricional mais detalhada. Já a avaliação nutricional, além de detectar desnutrição, classifica seu grau e permite coleta de informações que auxiliem em sua correção. Objetivo: O objetivo desse estudo foi avaliar a prevalência de desnutrição na admissão hospitalar dos pacientes adultos avaliados pelos protocolos Nutrition Risk Screening (NRS-2002) e das crianças pela Screening Tool Risk on Nutritional status and Growth (STRONG KIDS - 2010) em um hospital na cidade de Barbacena - MG. Métodos: Estudo clínico, retrospectivo observacional, com revisão de protocolos semiestruturado e com triagem nutricional utilizado pelo Serviço de Nutrição ao atendimento nutricional dos pacientes internados no Hospital. A análise estatística foi realizada por meio do Software SPSS Statistics 20.0. Resultados: A pesquisa analisou 207 questionários aplicados pelo setor de nutrição: 110 no setor de pediatria e 97 na clínica médica. Nos adultos, o diagnóstico principal incluiu 24% com alterações clínicas, 23% com doenças pulmonares, 22% com doenças crônicas e 31% com outras condições. Para as crianças, 46% apresentaram alterações clínicas, 40% doenças pulmonares, 7% outras condições e 7% doenças crônicas, sendo que 94% estavam livres de comorbidades. Na triagem, a NRS 2002 mostrou que 81% dos adultos não apresentavam risco nutricional, enquanto a Strong Kids indicou que 55% das crianças estavam fora de risco. Evoluíram para alta hospitalar 97% dos adultos e 96% das crianças. Além disso, o IMC apontou que 40% dos adultos estavam com sobrepeso. Considerações: Pelos resultados obtidos com o estudo, pode-se concluir que a maioria dos pacientes não apresentou risco nutricional no momento da internação, com 81% dos adultos e 55% das crianças classificadas fora de risco, porém 40% dos adultos apresentaram sobrepeso quando avaliado pelo IMC, ressaltando a necessidade de cuidados nutricionais específicos tanto para déficits quanto para excessos nutricionais.