Resumo
A interação medicamentosa (IM) é associação de diversos fármacos em um tratamento, podendo eles interagir e por consequência, anular ou potencializar o efeito desejado. As IM potenciais podem ter diferentes gravidades de toxicidade, sendo classificadas em leve, moderada e grave. OBJETIVO: Verificar a prevalência das interações medicamentosas potenciais graves, moderadas e leves em receituários emitidos em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), no período de três meses, na cidade de Ubá, Minas Gerais METODOLOGIA: Trata-se de um estudo transversal quali-quantitativo de análise documental de prescrições médicas. Todos os receituários emitidos durante 30 dias, entre os meses de junho, julho e agosto foram avaliados. Os dados obtidos foram dispostos em planilha no software Microsoft Office Excel 2010®. As interações potenciais foram identificadas no aplicativo Medscape®. Os medicamentos foram classificados segundo o Anatomical Therapeutic Chemical Classification System (ATC). RESULTADOS: Foram analisados receituários referentes a 487 atendimentos, sendo que 238 atendiam aos critérios de inclusão. Desses, apenas 146 tinham alguma interação evidente com total de 387 interações. As IM moderadas foram as mais prevalentes, estando presente em 266 (68,73%) das prescrições, seguidas das leves, com 116 (29,97%) e as graves, perfazendo um total de 5 (1,30%). CONCLUSÃO: O percentual de receituários com interações medicamentosas foi de 61,34%. Segundo a gravidade, as interações que mostraram-se mais frequentes, foram as moderadas (68,73%) e mais recorrentes entre medicamentos indicados para hipertensão arterial sistêmica, mostrando a importância do acompanhamento de profissionais como o farmacêutico.