Prevalência de parasitas intestinais em crianças do 1º, 2º e 3º ano de uma escola pública estadual em Juiz de Fora- MG.

Resumo

As parasitoses intestinais continuam sendo graves problemas de saúde pública, contribuindo para o agravamento de problemas econômicos, médicos e sociais, principalmente nos países em desenvolvimento como o Brasil. Estima-se que 300 milhões de pessoas estejam severamente doentes devido às parasitoses e, destes, pelo menos 50% são crianças em idade escolar. As enteroparasitoses são vistas como problema de saúde pública sendo motivo de preocupação para os profissionais da saúde. Objetivo: Avaliar a prevalência de parasitoses intestinais nas crianças matriculadas no ensino fundamental do Instituto Estadual de Educação de Juiz de Fora- MG. Métodos: Com a devida autorização da diretora para realização da pesquisa, foi enviado aos pais um termo de consentimento livre e esclarecido e logo após disponibilizado um pote coletor de fezes, etiqueta pra identificação e um questionário socioeconômico. Os pais responderam ao questionário e recolheram a amostra de fezes e mandaram através de seus filhos para a escola no período estabelecido. O material foi colocado em uma caixa térmica refrigerada e levado ao Laboratório de Pesquisa e Análise Clínicas Cavalieri onde foram realizados os exames parasitológicos utilizando o método de sedimentação espontânea. Os dados foram agrupados e apresentados em tabelas e gráficos. Resultados: Foram analisadas 44 amostras fecais, sendo que 39 amostras (88,64%) apresentaram resultados negativos e 5 amostras (11, 36%) resultados positivos. Dentre as amostras positivas foram identificadas duas espécies diferentes de parasitas Entamoeba coli (4,54%) e Giardia lamblia (6,82%). A maior recorrência de positividade foi em anos mais novos e com renda familiar de até um salário mínimo. Conclusão: As parasitoses intestinais sendo um problema de saúde pública dependem de diversos fatores que colaboram tanto para o aumento ou diminuição de sua prevalência em uma cidade, tendo como chave da questão o saneamento básico, higiene pessoal e nível socioeconômico. Para que ocorra uma redução total da positividade, programas educacionais e campanhas educativas deveriam ser implantados nas escolas diminuindo assim os índices de parasitoses intestinas principalmente na população infantil em idade escolar.