Riscos do uso de antipsicóticos em idosos com demência: revisão de literatura

Resumo

Introdução: Demência é definida como uma síndrome caracterizada por declínio cognitivo e/ou comportamental cujos sintomas interferem nas atividades de vida diária levando a prejuízo funcional em relação a níveis prévios e não explicáveis por delirium ou transtorno psiquiátrico maior. A doença de Alzheimer (DA), a demência por corpos de Lewy (DCL) e a demência frontotemporal (DFT) são exemplos de demências. Antipsicóticos são geralmente utilizados para o tratamento de sintomas como agitação e delírios presentes nas demências, porém podem causar efeitos colaterais graves como aumento da morbidade e sintomas extrapiramidais. Objetivo: revisar sobre o conceito de demência e medicamentos antipsicóticos, com foco na segurança e nos riscos do uso de antipsicóticos em idosos com manifestações psicóticas decorrente de demências. Métodos: foi realizado um estudo de revisão bibliográfica e análise crítica de trabalhos pesquisados eletronicamente por meio dos bancos de dados PubMed e Scielo e livro. Desenvolvimento: Os antipsicóticos típicos frequentemente causam sintomas extrapiramidais, enquanto os atípicos causam efeitos metabólicos. Contudo, antipsicóticos atípicos são considerados menos perigosos. Medicamentos neurolépticos podem se ligar a diferentes receptores incluindo receptor muscarínico, α adrenérgico, de dopamina, de serotonina e de histamina; as interações com determinados receptores podem causar diferentes efeitos adversos. Considerações finais: Antipsicóticos têm eficácia comprovada contra agitação, agressividade e psicose, mas devem ser evitados em idosos com demência sempre que possível, devido ao alto risco de efeitos adversos graves e à disponibilidade de alternativas mais seguras.