Resumo
A obesidade é uma doença crônica muito recorrente na sociedade, ela é considerada uma epidemia mundial e diante desse cenário, muitas pessoas na busca por tratar essa condição, procuram utilizar medicamentos que favorecem o emagrecimento. O objetivo do estudo foi observar a frequência do uso de medicamentos para perder peso em jovens e adultos nas academias. Foi realizado um estudo observacional, transversal baseado na coleta de dados de indivíduos entre 18 a 64 anos, frequentadores de academias no município de Juiz de Fora que concordaram e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), em duplicado, conforme preconizado pela Resolução do Conselho Nacional de Saúde (CNS) 466/12. Os dados foram coletados por meio de um inquérito realizado a partir de um questionário composto por 20 perguntas relacionadas à saude, alimentação e uso de medicação. Foram avaliados 356 indivíduos entre 18 e 65 anos, dos quais 49% eram do sexo feminino, 80,35% eram solteiros ou divorciados cuja mediana de renda familiar foi de 5 salários-mínimos. Em relação ao status nutricional, o IMC da amostra foi de 24,4 ± 2,6 Kg/m2, além disso, 31,2% faziam acompanhamento médico, 33,99% faziam dieta e 12,36% utilizavam medicamento para emagrecer, Sibutramina (36,36%) e Orlistate (18,18%) foram os mais citados. Foi observado que o IMC entre os participantes deste estudo foi de 21,75 ± 3,68 Kg/m2, além disso, foi observado a relação entre o uso da medicação por motivo estético e o sexo feminino. Contudo, quando prescrito por um profissional especializado, o medicamento antiobesidade pode diminuir o risco de desenvolver diabetes e doenças cardiovasculares. Logo, percebeu-se que a população feminina e jovem é a que utiliza mais medicamentos para emagrecer, mesmo que o IMC esteja dentro da faixa de normalidade devido à pressão social pela conquista do “padrão de beleza”, fazendo com que esta recorra, frequentemente, à automedicação por indicação de amigos e/ou parentes.