-
ÍNDICE DE QUALIDADE DA DIETA ADAPTADO PARA GESTANTES E SUA RELAÇÃO COM ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS E NUTRICIONAIS
- Voltar
Documento
-
ÍNDICE DE QUALIDADE DA DIETA ADAPTADO PARA GESTANTES E SUA RELAÇÃO COM ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS E NUTRICIONAIS Introdução: O período gestacional demanda cuidados essenciais, principalmente de saúde e nutricional, visando um adequado desenvolvimento fetal sem, contudo, comprometer a saúde materna. Muitos aspectos podem afetar a saúde da gestante como o socioeconômico que pode determinar a mortalidade materna. Uma alimentação inadequada também pode ser extremamente prejudicial ao binômio mãe/bebê, tanto no que se refere à restrição de energia, ao excesso de calorias, ao consumo de alimentos não nutritivos e à falta de nutrientes. Objetivo: Avaliar a relação do Índice de Qualidade da Dieta Adaptado para Gestantes (IQDAG) com aspectos socioeconômicos, consumo alimentar e estado nutricional de gestantes. Metodologia: Estudo transversal realizado com gestantes de uma cidade no interior de Minas Gerais com aplicação de três questionários e um inquérito alimentar: Questionário Sociodemográfico e de Estilo de Vida adaptado de Malta (2010), Critério de Classificação Econômica Brasil (CCEB) da Associação Brasileira de Empresa de Pesquisa, Questionário de Saúde e Obstétrico adaptado de Malta, e Recordatório 24 horas (R24h) (de Malta). A partir do R24h foi calculado o Índice de Qualidade da Dieta Adaptado para Gestantes (IQDAG) que foi relacionado a aspectos socioeconômicos, alimentação e estado nutricional. Resultados: Participaram 62 gestantes voluntárias, adultas de 19 a 43 anos na qual 41,9% são casadas e 35,5% solteiras. A maioria é parda (46,8%) e tem ensino médio completo ou superior incompleto (51,6%). Donas de casa possuem maior peso atual (t(59)=2,416; p=0,016), tiveram maior ganho de peso gestacional (t(40,374)=2,274; p=0,028) e maior IMC (Índice de Massa Corporal) gestacional (U=270,500; p=0,008) que gestantes com outras profissões. Gestantes com renda familiar de 1 salário-mínimo possuem maior peso pré-gestacional (p=0,014), maior IMC pré-gestacional ((p=0,005) e maior IMC gestacional (p=0,002) que gestantes com 2 a 4 salários-mínimos, mas não há diferença das gestantes de 5 a 7 salários-mínimos entre essas faixas de renda familiar (p>0,05). A análise de Variância mostrou que existe efeito das classes socioeconômicas (CCEB) sobre a pontuação IQDAG [F(2,59)=10,170; p<0,001]. O teste post-hoc mostrou que gestantes classe C2 tem mais pontos e melhor qualidade da dieta que gestantes classe C1 (p=0,003) e classe DE (p0,05). Conclusão: Concluiu-se que a profissão e a renda familiar estão relacionadas com o peso pré-gestacional, com o ganho de peso gestacional das gestantes desta pesquisa. Além disso, a condição socioeconômica destas gestantes está relacionada às calorias consumidas em sua alimentação.
Miniatura

Título
ÍNDICE DE QUALIDADE DA DIETA ADAPTADO PARA GESTANTES E SUA RELAÇÃO COM ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS E NUTRICIONAIS
Descrição
Introdução: O período gestacional demanda cuidados essenciais, principalmente de saúde e nutricional, visando um adequado desenvolvimento fetal sem, contudo, comprometer a saúde materna. Muitos aspectos podem afetar a saúde da gestante como o socioeconômico que pode determinar a mortalidade materna. Uma alimentação inadequada também pode ser extremamente prejudicial ao binômio mãe/bebê, tanto no que se refere à restrição de energia, ao excesso de calorias, ao consumo de alimentos não nutritivos e à falta de nutrientes. Objetivo: Avaliar a relação do Índice de Qualidade da Dieta Adaptado para Gestantes (IQDAG) com aspectos socioeconômicos, consumo alimentar e estado nutricional de gestantes. Metodologia: Estudo transversal realizado com gestantes de uma cidade no interior de Minas Gerais com aplicação de três questionários e um inquérito alimentar: Questionário Sociodemográfico e de Estilo de Vida adaptado de Malta (2010), Critério de Classificação Econômica Brasil (CCEB) da Associação Brasileira de Empresa de Pesquisa, Questionário de Saúde e Obstétrico adaptado de Malta, e Recordatório 24 horas (R24h) (de Malta). A partir do R24h foi calculado o Índice de Qualidade da Dieta Adaptado para Gestantes (IQDAG) que foi relacionado a aspectos socioeconômicos, alimentação e estado nutricional. Resultados: Participaram 62 gestantes voluntárias, adultas de 19 a 43 anos na qual 41,9% são casadas e 35,5% solteiras. A maioria é parda (46,8%) e tem ensino médio completo ou superior incompleto (51,6%). Donas de casa possuem maior peso atual (t(59)=2,416; p=0,016), tiveram maior ganho de peso gestacional (t(40,374)=2,274; p=0,028) e maior IMC (Índice de Massa Corporal) gestacional (U=270,500; p=0,008) que gestantes com outras profissões. Gestantes com renda familiar de 1 salário-mínimo possuem maior peso pré-gestacional (p=0,014), maior IMC pré-gestacional ((p=0,005) e maior IMC gestacional (p=0,002) que gestantes com 2 a 4 salários-mínimos, mas não há diferença das gestantes de 5 a 7 salários-mínimos entre essas faixas de renda familiar (p>0,05). A análise de Variância mostrou que existe efeito das classes socioeconômicas (CCEB) sobre a pontuação IQDAG [F(2,59)=10,170; p<0,001]. O teste post-hoc mostrou que gestantes classe C2 tem mais pontos e melhor qualidade da dieta que gestantes classe C1 (p=0,003) e classe DE (p0,05). Conclusão: Concluiu-se que a profissão e a renda familiar estão relacionadas com o peso pré-gestacional, com o ganho de peso gestacional das gestantes desta pesquisa. Além disso, a condição socioeconômica destas gestantes está relacionada às calorias consumidas em sua alimentação.
Data
12 de junho de 2024
Autor
Daniela Resende de Souza e Silva | Liriel Maria Feliciano Gonçalves | Alessandra Aparecida de Carvalho | Leidislaine Nayra Gonçalves | Ana Carolline Pereira da Silva | Lívia Botelho da Silva Sarkis | Elisa Grossi Mendonça | Gilce Andrezza de Freitas Folly Zocateli
Curso
Nutrição
Cidade
Barbacena