A psicologia clínica e a neuropsicologia na atuação da prática da hipnose

Resumo

O presente estudo aborda a neuropsicologia da hipnose para entender esse legítimo estado psíquico nos processos e como ela realmente aumenta o número de falsas memórias lembradas, em vez de tornar a memória mais precisa. Buscou-se saber como a psicologia clínica pode se alinhar a neuropsicologia para trabalhar a hipnose explorando o funcionamento de como o inconsciente influencia a vida consciente. O objetivo do estudo foi refletir os cuidados necessários para a psicologia clínica se alinhar a neuropsicologia e atuar na prática da hipnose. Adotou-se a metodologia da revisão de literatura considerando as publicações dos últimos 10 anos para compor os resultados da pesquisa. Foi possível verificar que, apesar da exibição de imagens pejorativas da hipnose e dos equívocos que a cercam, a hipnose ainda tem inúmeras aplicações na medicina e psicologia contemporânea. A hipnoterapia realizada por um terapeuta profissional é considerada uma alternativa complementar ou segura à medicação ortodoxa atual para inúmeras doenças. A hipnoterapia não é recomendada para clientes com transtornos psíquicos, como psicose ou transtorno bipolar, mas tem muitas aplicações. Concluiu-se que, diferentemente da hipnose ser vista como uma forma de terapia em si, ela deve ser vista como instrumento, um artifício para fornecer informações e perspectivas na forma de sugestões, não uma terapia em si, que pode ser trazida para todas as interações e influenciar o paciente a ter melhores resultados. As abordagens à hipnose e estilos podem variar drasticamente entre os praticantes. É importante ter uma breve discussão sobre as necessidades de uma pessoa e a natureza da hipnose clínica para que ela possa avaliar suas necessidades de forma realista e dar consentimento informado às atividades terapêuticas.